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24/05/2012

Parto orgásmico: poder e prazer muito possíveis
Dar a luz parece quase sinônimo de dor e sacrifício. Mas quem acha que é impossível sentir prazer ao parir - e até mesmo ter orgasmo nessa hora - é bom conferir o documentário Orgasmic Birth.
O filme acompanha de perto 11 mulheres que, num trabalho de dar a luz o mais natural possível, gemem, beijam, riem e até gozam. Especialistas no assunto, médicos e parteiras, explicam porquê.

"Se você não sabe das opções que tem é como se não tivesse nenhuma. Espero que ‘Parto Orgásmico’ seja mais que um filme, seja um movimento. As mulheres devem poder escolher a forma como querem ter seus filhos. Dar à luz é um direito humano."
Debra Pascali-Bonaro, diretora do documentário

Isto é demais!! Parto orgásmico não só é possível como é muito mais comum do que parece. O debate pode ser recente, mas a possibilidade de se encarar o parto como um evento pleno de prazer é tão antiga quanto a própria humanidade.
Por isso, desafiando o mito de que é doloroso e perigoso por natureza e deve ser deixado nas mãos dos médicos, o filme mostra as potencialidades emocionais, espirituais e físicas do parto, monitorando de forma íntima 11 mulheres que num trabalho de dar a luz o mais natural possível, gemem, beijam, riem e chegam ao gozo.

Esse é o primeiro filme de Debra Pascali-Bonaro, que até ter tido a idéia do filme, nunca havia pensado em fazer cinema. Há anos dando apoio psicológico a mulheres durante o parto, ela contou ter sonhado que fazia um filme sobre o tema. Fez cursos de produção cinematográfica e, dois anos depois, surgiu o documentário, que tem sido exibido em festivais de cinema e sessões fechadas, inclusive no Brasil.

Chega de dor!
A forma de parto proposta no filme é bem diferente da geralmente praticada nos hospitais, batendo de frente no mito da dor. Os depoimentos de vários especialistas no assunto, médicos e parteiras, junto com as mães, comprovam que estatisticamente esta é uma forma de parir mais saudável e mais segura, tanto para a mãe quanto para o bebê.

O obstetra Ricardo Jones, integrante de redes internacionais pela humanização do parto, é um dos consultores que integram o documentário. Ele explica no site Absoluta que, durante o trabalho de parto, as mulheres liberam ocitocina, o mesmo hormônio produzido durante a relação sexual, e traça também outros paralelismos entre parto e sexualidade. Um orgasmo em pleno parto não deve ser um objetivo nem é uma "técnica" mas, segundo o obstetra, ele pode ocorrer naturalmente em uma mulher de mente aberta e que seja menos refém dos preconceitos e engessamentos culturais. Então, por este e outros tantos motivos, qualquer mulher, dadas as condições de intimidade, privacidade, carinho e respeito, pode ter um parto empoderador e orgásmico.

Que segredo bem guardado este!










http://www.youtube.com/watch?v=zG_6IVmXvr0 

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