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27/08/2012

Entenda o valor feminino no mundo atual com Rose Ponce

Declaro-me VIVO!

Saboreio cada momento.

Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.

Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava.

Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário!
Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.

A árvore anciã me ensinou
que somos todos iguais.

Sou guerreiro:
a minha espada é o amor,
o meu escudo é o humor,
o meu espaço é a coerência,
o meu texto é a liberdade.


Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável,
mas não escolhi o bom senso comum.
Prefiro a imaginação dos indios,
que tem embutida a inocência.

É possível que tenhamos que ser apenas humanos.

Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos,
sem Amor corremos de novo o risco de estarmos
caminhando de costas para a luz.

Por esta razão é muito importante que apenas o Amor
inspire as nossas ações.

Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras;
não sou um sábio,
sou apenas um ser apaixonado pela vida.

A melhor forma de despertar
é deixando de questionar se nossas ações
incomodam aqueles que dormem ao nosso lado.

Quando somos maiores que aquilo que fazemos,
nada pode nos desequilibrar.
Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que
nós, o nosso desequilíbrio está garantido.

É possível que sejemos apenas água fluindo;
o caminho terá que ser feito por nós.

Porém, não permitas que o leito escravize o rio,
ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere.

Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez.
Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade
que prolifera, infectando almas
e atrofiando corações.

As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade,
que a sensação de felicidade
lhes parece estranha.

As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea
as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança.

A vida é um cântico à beleza,
uma chamada à transparência.

Peço-lhes perdão, mas….
DECLARO-ME VIVO!




Chamalú, Indio Quechua
O Cachimbo.

O Cachimbo tem vários nomes dependendo da cultura a que está associado, podemos citar alguns nomes tais como, Chanupa, Calumet, Chanumpa, Timbero, Petenguá ou Petâ kwaá e também temos no Brasil o Timbó como veremos mais a frente.

O mais interessante é que apesar de muitas formas e muitos nomes sua finalidade é a mesma em todas as culturas, transmutar energias e as levar até o Grande Mistério.

É o Cachimbo que condensa as palavras de quem “pita” com ele , ou melhor, transforma as palavras em algo visível e depois disso estas palavras são levadas aos quatro cantos do mundo e ao Grande Mistério, mas também auxilia em muitos outros movimentos de cura.

Mais tarde voltaremos a falar sobre isso.

Tal qual o chocalho, o Cachimbo também é formado pela comunhão de duas partes básicas, o fornilho, representando a força feminina e a haste representando a força masculina, também é bastante comum que se agregue algum elemento de mistério a Ele para auxiliar o buscador na conexão com uma determinada energia ou para lembrá-lo do porque certo conhecimento chegou até ele e seu povo.

É sabido pelos curandeiros e por pessoas que comungam com o Cachimbo que o fornilho e a haste representam a “sagrada” energia básica ativa e passiva e quando são unidas, transformam-se em uma só e ganham vida.

Por este motivo os curandeiros recomendam muito cuidado com o que se pensa e se fala quando estamos comungando com o Cachimbo de Mistério.

Mas se formos analisar profundamente notaremos que se o Sétimo Portal não está ativo o Cachimbo não realizará a conexão com o Todo e aí a força do fumo e das ervas estarão sendo liberadas ao acaso e nada (de bom) acontecerá.

Voltando aos Cachimbos, vemos acima o Petenguá ou Petenkwaa .

O petengua faz parte da etnia Guarani e é materializado em duas partes, sendo o fornilho materializado em Nó de Pinho e por fim utiliza uma haste de bambu, note a parte lançada a frente depois do fornilho, ela é chamada Espírito ou Angá em Guarani.

O Nó de pinho é, como o nome diz o nó da Araucária é uma madeira bastante dura e também é impregnada de resina, dificultando bastante o trabalho de esculpir o nó, para que se manifeste o fornilho, mas depois de materializado o Petengua fica muito bonito e acompanhará o buscador por um tempo relativamente longo, dependendo da freqüência com que for comungado com seu mistério.

Na nação Guarani o Petenguá é compartilhado da mesma forma que a cuia de mate (chimarrão), geralmente junto à fogueira ou, hoje em dia, junto ao fogão a lenha, mas também é de grande ajuda nos rituais de Cura.
Ele assim como o bastão que fala, tem a mesma função de respeito ao silencio e a fala.

O Timbero faz parte da etnia Terena e é materializado com um galho de árvore, que pode ser eleita no meio de muitas dentro da mata e geralmente isto acontece seguindo orientações recebidas pelo buscador de visão ou Pajé.

O Timbero não possui o Espírito lançado a frente como o Petenguá, mas pode receber pinturas ou melhor pantagramas variados.

Existe também uma forma curiosa de “pito”, chamado timbó que é utilizado por algumas etnias do norte e nordeste da mesma forma que o Petenguá e o Timbero, este timbó é usado na imantação da beberagem sagrada “Jurema” ou Yuremá e também em movimentos de Cura.

Lembrando mais uma vez que o Grande Mistério nos deixou um exemplo de tudo aqui sobre a terra vemos este simples cachimbo cujo fornilho nos foi cedido por um Jequitibá Rosa, também conhecido como Jequitibá de Pito e a haste nos foi cedida por uma pequena árvore conhecida por Canudo de Pito.

Só é necessário um pequeno furo no fornilho para reunir a haste a ele.

Para mim este tipo de cachimbo tem um significado muito especial, pois penso que ele representa a doação e a humildade do irmão do povo em pé que nunca se cansa de nos estender sua ajuda em forma de abrigo, fornecendo comida e até nos ajudando a enviar nossa voz a nosso Pai.

Não podemos deixar de falar do Chanupa ou Chanumpa, trazido para a nação Sioux pela Mulher Novilho de Búfalo Branco.

No que diz respeito à simbologia o Chanumpa tem grande riqueza de significados.

Os Chanupas são divididos em três tipos: O de uso pessoal que podia ou não ser adornado com algum elemento de Mistério, o de uso coletivo (para criar relações) lembrando o Petenguá Guarani e o terceiro, o Espiritual.

O Chanumpa de uso Espiritual é conhecido como Chanumpa Muito Sagrado, pois é a representação do primeiro Chanumpa entregue à nação Sioux pela Mulher Novilho de Búfalo Branco.

Ele era sustentado por um homem de Mistério que era mostrado em visão ao conselho da tribo.

Houve época em que um único portador do Cachimbo Sagrado era responsável pelos Rituais das sete tribos e conta a lenda que antes da chegada do homem branco, uma pessoa que tivesse em sua companhia um Chanupa, poderia cortas a América do norte em paz de lado a lado, porque nenhuma tribo ousaria fazer qualquer ato de violência frente ao chanumpa.

Seu fornilho é em forma de T e Ele tem um búfalo esculpido olhando para o centro do fornilho, existem também sete círculos representando os Sete Ritos que foram ensinados à nação, este fornilho é esculpido na Yniansa (Sangue da Mãe), uma pedra vermelha somente encontrada nas Black Hills, onde o fornilho se encontra com a haste, que representa tudo o que cresce sobre a terra, existem treze penas de águia, uma representa a águia e tudo o que voa e as outras representam as Luas, depois disso temos quatro tiras, cada uma de uma cor, uma é preta e representa o Oeste, uma é branca e representa o Norte, uma é vermelha e representa o Leste e uma é amarela e representa o Sul, junto à ponta da haste existe um pedaço de couro cru de búfalo que representa a Mãe terra, que sustenta e alimenta tudo o que existe.

Lembro-me de uma vez que conversava com uma amiga sobre Cachimbos de várias etnias quando expressei a ela meu desejo de comungar com o Chanumpa muito Sagrado.

Nem terminei direito a frase e ouvi um estrondoso:

- “Vocês não entendem que tudo é sagrado?”

Na hora me calei e lembrei de um ensinamento que diz que cada pessoa vê o que seus olhos estão preparados para enxergar e logo em seguida me veio um outro ensinamento me lembrando que pra se julgar alguém é de suma importância que o juiz não tenha maculas...

Mas voltando à simbologia do Chanumpa...

Era costume que em todos os rituais com o Chanumpa de Mistério, as cinzas resultantes da queima do tabaco e das ervas eram reunidas ao lado do altar e depois que o ritual terminava, as cinzas eram guardadas e uma vez por ano as cinzas de todos os Rituais eram levadas até o Centro do Mundo ou ao Centro da Nação, as Black Hills e lá eram devolvidas à Mãe.

Sem querer desmerecer outro lugar sagrado, humildemente ouso afirmar que milênios de cinzas de Mistério e milênios de “rezas” e oferendas, somado ao respeito das gerações e gerações que consagraram aquele espaço como sagrado para mim bastam para afirmar que aquela pedra retirada daquele lugar especifico considerado pelas nações do Norte como o centro do mundo é de muito Mistério e que um Chanumpa materializado nesse mistério é um Chanumpa muito sagrado ou como prefiro dizer: Um Chanumpa de muito Mistério.

Oración con La Pipa Sagrada Petyngua en Machu Picchu

Bastão-que-fala


Nas tribos indígenas norte-americanas era muito comum o uso do Bastão-que-fala, em toda a reunião de conselho da tribo, convocada para discutir assuntos de interesse e tomar decisões de importância para a comunidade. A mai
or utilidade do Bastão-que-fala era para que só aquele que o estivesse segurando, fizesse uso da palavra para expor o seu ponto de vista. Somente quem estivesse com o bastão na mão tinha o direito de falar naquele momento. Por igual a Pena–da-resposta (geralmente, uma pena de águia) também devia ser segurada pela pessoa que falava, a menos que esta dirigisse uma pergunta a outro membro do Conselho. Se assim fosse, a Pena-da-resposta passava para a pessoa que ia responder a pergunta.(* As cartas do Caminho Sagrado, de Jamie Sams, Editora Rocco).

Dessa forma os nativos americanos davam há séculos um exemplo do procedimento parlamentar que faria inveja aos atuais integrantes das câmaras do senado, de deputados ou de vereadores e até a muitos dirigentes de reuniões de empresas que não conseguem conter a interferência dos seus pares ou comandados na discussão dos assuntos em pauta.

Esse hábito em saber ouvir as crianças indígenas aprendiam desde os três anos de idade, bem como, a respeitar o ponto de vista das outras crianças.

Saber ouvir ou se calar dá oportunidades a que aprendamos as experiências alheias e após filtrar as mais úteis, possamos colocá-las em prática em nossa vida diária no campo social ou dos estudos ou negócios.

Em algumas instituições iniciáticas essa norma de conduta também é respeitada em relação aos novos membros que devem primeiro ouvir como falam e se pronunciam os antigos integrantes do grupo, assimilando as fórmulas e expressões utilizadas e na ordem em que sua fala deve ser feita seja, aguardando sua vez para o momento propício e ainda a autorização para tal.

Pela ordem, aquele que detém o conhecimento ou o poder, está autorizado a transmitir o seu saber ou ordens aos demais. Pelo menos assim foi no decorrer dos tempos, quando sequer havia o uso da escrita ou os sistemas de transmissão pelo som, imagem ou outros artifícios. Os ensinamentos eram passados de geração em geração por transmissão oral, expressa por palavras ditas verbalmente ou, formando contos, e até pela voz musicada, através de cantigas. Na escola os mestres transmitem os ensinamentos de sua disciplina utilizando a voz e outras formas que possam despertar interesse e participação dos alunos, as chamadas técnicas de fixação ou de motivação. O normal é que o mestre fale e os alunos prestem atenção em silêncio ou participando, de acordo com as perguntas ou interpelações do mestre.

Lamentavelmente como na maioria das famílias não se respeita a autoridade dos mais velhos, como pais e avós e dos irmãos mais antigos, todos falam de uma só vez e em geral de maneira desrespeitosa, costume aliás, que as crianças levam quando ingressam nas escolas. Daí a dificuldade dos atuais mestres em manterem a disciplina nas classes e quem passa pelas imediações de uma escola pode ouvir o grande alarido dos alunos e os gritos dos professores tentando fazê-los silenciar ou participarem com atenção nas aulas. Já diziam os mais antigos – o silêncio é de ouro, a palavra é de prata mas a gritaria, a agitação, a balburdia são de lata, quer dizer, não vale nada, mesmo num comprador de entulhos, a menos que sejam hoje as latinhas vazias de cervejas e refrigerantes.

Mitakuye Oyasin
Por todas nossas relações
Mitakuye Oyasin

Mitakuye Oyasin é uma declaração simples, porém profunda. Ela vem da Nação Lakota que honra a sacralidade de cada caminho espiritual da pessoa individual, reconhece a sacralidade de toda vida (humana, animal, vegetal, etc)
e cria uma energia de consciência que reforça não só a pessoa que reza, mas todo o planeta.

Ela representa tudo o que precisa ser dito. É uma oração de honra, respeito e amor para toda a humanidade e para a Terra. É uma oração que diz: "Eu desejo a bem e a paz para todos. Não deixo ninguém de fora. Rezo por todos." É uma oração que elimina as barreiras da religião e pode ser rezada por pessoa de qualquer fé. É uma oração que une em vez de dividir.

Aho Mitakuye Oyasin

Aho!Todos os meus parentes...

Eu honro todos vocês que hoje estão aqui conosco, neste círculo da vida.

Estou grato pela oportunidade de dar meu reconhecimento a vocês nesta oração....

Para o “Criador”, pelo dom supremo da vida, eu agradeço.

Para a “Nação Mineral” que tem construído e mantido meus ossos e todas as estruturas da experiência da vida, eu agradeço.

Para a “Nação Planta” que sustenta meus órgãos, mantém meu corpo sadio e me dá ervas para curar a doença, eu agradeço.

Para a “Nação Animal” que me alimenta de sua própria carne e oferece sua companhia leal nesta caminhada da vida, eu agradeço.

Para a “Nação Humana” que compartilha meu caminho como uma alma em cima da roda sagrada da vida terrena, eu agradeço.

Para a “Nação Espírito” que, invisível, me guia através dos altos e baixos da vida e carrega a tocha de luz através dos tempos, eu agradeço.

Aos “Quatro Ventos” de mudança e crescimento, eu agradeço.

Vocês são todos meus parentes, sem os quais eu não viveria.

Estamos todos no Círculo da Convivência, co-existentes e co-dependentes, co-criando nosso destino. Temos todos, a mesma importância. Uma nação em desenvolvimento está interligada com todas as outras nações, umas com as outras e ainda são dependente de cada uma acima e cada uma abaixo. Todos nós, uma parte do Grande Mistério.

Obrigado por esta vida.

Aho!
FAZENDO AMIGOS – REENCONTRANDO PARENTES


que bomHow! Seja bem vindo a esta reserva, onde honramos a terra e rezamos os cantos dos nossos ancestrais. Aqui não tem caixa de imagens, mas se seu coração procura uma visão no circulo sagrado con
fia que a visão o encontrará. Se sua dança foi perdida, seu canto esmoreceu e está fatigado do corre-corre, sente-se que contarei uma história que ouvi do pai, do pai, do pai do meu pai. Se as dores são muitas, a vida uma batalha, tem o meu ombro para chorar e logo mais de barriga cheia e saco vazio vamos dançar.

É sempre bom estar com irmãos que entendem as necessidades do coração. Que escutam quando é para escutar e fala alto nos momentos em que precisamos acordar. A vida ensina que existem momentos em que deve-se colocar muita lenha na fogueira, energia nas lidas e em outros precisa se recolher, descansar e se reservar.

Mitakuye Oyasin!
“Por todas as nossas relações!”
Oração do Movimento

O que quer que esteja me segurando
Com a mesma força vai me soltar
O que quer que esteja me impedindo
Com a mesma força vai me impulsionar


O que quer que esteja me paralisando
Vai agora com a mesma força me movimentar
O que quer que esteja me emperrando
Vai agora me empurrar
O que quer que esteja me limitando
parando
atrasando
freando
atrofiando
cerceando
Vai agora com a mesma força me fazer superar
me expandir
me libertar
me engrenar
me fortalecer
me acelerar
me desenvolver
me extravasar
me ampliar
me engrandecer
O que quer que esteja me podando
me negando
bloqueando
imobilizando
entravando
Vai com a mesma força me revelar
me fazer sobressair
me afirmar
me fazer prosseguir
me motivar
me impelir
Estou livre dessas amarras
dessa prisão
desse casulo
desse gesso
desse obstáculo
Estou livre para exercer com plenitude
Tudo o que a mim Deus confiou
Ele confia a mim
Ele confia em mim
Estou pronta para assumir esse poder

Ana Marusia
AZUL NO CÉU, NO MAR E NA TERRA


Existem dias, mais do que outros, em que acordamos com uma saudade de um lugar – que não é um lugar qualquer, mas é “o lugar”. O espaço sagrado nas falas xamânicas, o jardim secreto das sacerdotisas, a verda
deira morada dos místicos... Nestes momentos até esquecemos as inscrições dos povos nos templos, pois o que impera não é o tipo de conexão, mas a própria sensibilidade e reconhecimento lá dentro de que somos também templos.

Nos arredores podem estar águas de agitação e a aglutinação chamando para as formas e reformas. Mas meu coração está em paz e escuta no azul do mar a sabedoria sem idade. Tenho meu casco como casa e a única força que cria movimento em mim é a alma.

Podem querer guerrear, imitar e botar fogo nos meus escritos e nas folhas da minha árvore. Mas, com o propósito, amor e amigos, de uma forma ou de outra as folhas se propagarão, as sementes chegarão ao seu destino e os frutos suculentos do Grande Espírito saboreados.

Desafios sempre existirão, eles nos fazem crescer. Olhar para a minha saudade e entrar no meu templo me faz visão de águia e então enxergo os vários lados da montanha. Quanto maior a montanha, maior o aprendizado. Quanto mais eu estiver presente, mais presentes chegarão de todos os lados.

Desejo por hoje que seu céu seja azul e preenchido com pensamentos de paz!
Que sua terra seja azul e firme nos melhores propósitos da alma!
Que seu mar seja azul e traga diversas pausas e calma!

Assim É

10/08/2012

O Pai Nosso e os Chakras

Muito interessante , bonito e bom para interiorizar nas orações diárias.
Para que esta energia de alta freqüência possa ser percebida pela materialidade humana, tem que ser rebaixada — Como se faz com a energia elétrica de alta voltagem, que deve ser transformada (por um transformador) — para que possamos utilizá-la.
A oração do Pai Nosso é uma interessante seqüência de afirmações e petições, que se inicia num nível vibratório de alta freqüência, altamente mística e vai decrescendo até freqüências mais baixas, puramente éticas.
A oração do Pai Nosso é como um caminho, porque passa a energia dentro de um transformador. O transformador, no caso, é o corpo humano, com seus diversos níveis de troca de energia.

As trocas de energia no corpo fazem-se através de plexos nervosos, com ritmos vibratórios distintos, que se distribuem pelo corpo em locais denominados “chacras”.
A energia divina é chamada, pela invocação de Deus. Entra pelo alto da cabeça, e vai sendo progressivamente transformada, a cada chacra que passa, até atingir o nível vibratório do chacra básico (genital), onde se encontra nossa materialidade.
Traz, desta forma, Deus até nós!

Vamos acompanhar, passo a passo, essa transmutação da energia divina, para que tenhamos uma compreensão da grandeza desta oração que Jesus nos deixou.
Chakra Coronário — Chamado da energia
Pai nosso que estás nos céus.
Esta primeira afirmação consiste na chamada da energia do Alto, na entrada desta energia pelo alto da cabeça, através do plexo coronário que, segundo os orientais, tem mil pétalas e gira com incrível velocidade.
Pai!
A prece se inicia com a chamada: — Pai! Esta simples afirmação, identificando Deus como Pai, é de um extraordinário alcance. Ao chamarmos Deus de Pai, estamos nos identificando como Seus Filhos.
Como Filhos, temos a potencialidade do Pai em nós. Nos identificamos com Deus em um nível energético extremamente elevado. Neste momento captamos a energia do alto!
Nosso
Quando dizemos “Nosso”, entendemo-nos como Irmãos de todos os seres. O Pai é nosso; não é só meu, porque somos todos Irmãos.
Esta conceituação amplia a anterior. A energia contida nesta afirmação – Pai Nosso! – é possível explicar, mas é impossível a um ser humano comum sentir esta afirmação com total percepção de amor. A emoção contida na total compreensão desta afirmação, seria de tal magnitude, que destruiria o sistema nervoso de um homem comum.
A grande mística, Santa Terezinha, não conseguia dizer a oração do Pai Nosso: quando iniciava a oração, perdia os sentidos. Santa Terezinha, nesse momento, tinha percepção e consciência desta energia de altíssima freqüência. Freqüência que o organismo humano não tem estrutura para suportar.
Que estais nos céus
Deus que está em toda parte, que impregna tudo, que É! Este é o conceito que Deus transmitiu a Moisés, quando este perguntou-lhe quem Ele era. A resposta foi:
- “Sou aquele que É!”

Nesta primeira afirmação da oração, temos a identificação de Deus, e a chamada do “Nome de Deus”. “Aquele que É”! Jafé! Jeová ! Iod-Hé-Vau-Hé! Nome que a boca humana não é capaz de pronunciar!
Explicar tais conceitos é possível; senti-los, entretanto, é totalmente impossível ao ser humano normal. Como se pode ver por este início, o que está escrito nos evangelhos transcende em muito a aparente simplicidade das palavras. A grandeza do Evangelho não está na letra morta, mas no espirito de quem o lê. O Evangelho é vivo!
Chakra Frontal
Santificado seja o vosso nome.
Entender esta petição, temos que antes entender o que quer dizer “santificado”.
Santificado – “Que seja considerado Santo”. Santo envolve o conceito de perfeição e de universalidade.

Nome – O nome não é como imaginamos, uma palavra que designa alguma coisa.
Nome é a vocalização ou a materialização de um ser ou objeto. O Nome de Deus é impronunciável!
Segundo os judeus, esse Nome só era pronunciado em determinado dia, no âmago do Santuário do Templo, pelo Supremo Sacerdote. O nome é a excelência do ser ou do objeto.

O Nome de Deus é a essência de Deus – é o próprio Deus!
Nesta petição mística, pedimos que Deus seja aceito por tudo e por todos, como a perfeita harmonia universal (Santo). Como sendo “Aquele que É”! Que Deus seja a harmonia total, e que tudo e todos sejam o seu reino!

Aqui está expresso o conceito maior da unidade. Tudo e todos são Um! Este conceito não pode ser percebido pelos nossos sentidos.
Com esta petição mobilizamos a energia pela passagem no Chacra Frontal. A energia transformada, neste ponto, já permite uma certa compreensão, que muito se aproxima de uma inspiração, e que pode ser percebida através da região frontal ou do “terceiro olho”.

Chakra Laríngeo
Venha a nós o vosso reino
Na petição anterior pudemos ter uma pequena inspiração do que seja o “Reino de Deus”. Nesta segunda petição mística, pedimos que este “reino”, esta harmonia de todos e de tudo, venha a até nós. O reino de Deus manifesta-se através do Verbo! “No inicio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1, 1).
O Verbo, o Logos, o Cristo, se manifestam pela palavra. Através da palavra é que podemos materializar a energia que vem de outros níveis.

Sabe-se hoje que o som é a energia vibratória que mais próximo se encontra da matéria. Com facilidade materializamos um som, fazendo vibrar a limalha de ferro em uma placa, formando figuras.
O som e o Verbo manifestam-se através do Chacra Laríngeo, onde encontra-se nossa capacidade de expressão pela palavra. O modo do Reino vir até nós é através do nosso Chacra Laríngeo. A conceituação expressa nesta terceira afirmativa movimenta o Chacra Laríngeo, pela passagem da energia divina por ele.
Na simbologia da Torre de Babel, podemos observar que a perda do reino (harmonia entre os homens), deu-se pela perda da possibilidade de expressão pelo homem. A perdição do homem foi pela perda da palavra, em conseqüência de sua presunção. Notamos que, a cada descida da energia divina, fica-nos mais acessível o entendimento.
Chakra Cardíaco
Seja feita vossa vontade assim na terra como nos céus.
Claro que a vontade de Deus se fará sempre em todos os lugares! Independendo da nossa vontade e das nossas rogativas. Nossa vontade não é oriunda da mente racional, como muito pretensiosamente julgamos. A vontade é um impulso que parte de dentro do coração, que a mente transforma e adapta às suas necessidades.
Vemos no Evangelho que muitas vezes Jesus afirma este conceito – “Porque pensais assim em vossos corações”.
Que nossos corações aceitem e entendam a “Vontade de Deus”! Esta é a síntese da quarta petição.
Neste ponto a energia é transformada pela passagem pelo plexo do Chacra Cardíaco.

A petição é de que nosso coração tenha o entendimento desta Vontade. Que esta vontade seja aceita tanto em cima como embaixo (na terra como nos céus). A afirmação adquire aqui uma conotação interessante. O Chacra Cardíaco é o chacra que fica no meio do corpo. A figura de céu e terra, colocada neste ponto da oração, é de uma clareza e de uma beleza poéticas.
Podemos ver que a cada descida da energia, fica mais compreensível o entendimento e mais clara a correlação com os plexos energéticos (chacras) do corpo humano.
Neste ponto encerram-se as 3 petições que são de conteúdos místicos, passando-se às 4 seguintes que são de conteúdo ético.

Chakra Umbilical
O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.
As petições éticas são de mais fácil entendimento. A energia já se encontra em níveis vibratórios próximos à nossa consciência. De uma forma poética, o pão está representando todas as nossas necessidades de sobrevivência neste mundo. Difícil achar forma mais clara de expressar tal abrangência.
“O pão nosso de cada dia dai-nos hoje” – não o pão do dia de amanhã: somente o de cada dia, a seu tempo. Esta petição envolve não só a satisfação de nossas necessidades materiais, como também as psicológicas, pedindo que tenhamos confiança e fé de que o pão de amanhã será servido a seu tempo. Que não tenhamos ambição e ganância para acumular tesouros terrenos, que as traças e a ferrugem destróem.
A primeira petição ética é claramente a ativação do Plexo Solar, Umbilical ou do Estômago, que é representado pelo Chacra Umbilical.

Chakra Esplênico
Perdoa as nossas dividas, assim como nós perdoamos os nossos devedores.
Esta petição, que de inicio parece mística, é uma forte petição ética, como vamos ver a seguir. Nas nossas dívidas estão as nossas culpas. Quando temos culpa, ficamos vinculados a essa culpa de uma maneira quase física.
A culpa nos prende pela emoção. A emoção é diferente do sentimento;  é acompanhada de manifestações físicas (calafrios, rubores, suores, arrepios). As emoções são percebidas através do abdome. Os vínculos obsessivos com entidades espirituais fazem-se através do Plexo Esplênico.
Como é possível perdoar nossas culpas? Seria injusto Deus perdoar uns e não perdoar outros. Não é Deus que perdoa nossas culpas, somos nós mesmos! Perdoamos na medida em que nos tornamos capazes de perdoar os nossos devedores. Quando conseguimos perdoar nossos devedores, desfazemos esse vínculo esplênico da culpa. Perdoar os nossos devedores não é uma atitude mística e sim ética.
Perdoar, ou não, os nossos devedores, é mais importante para nós do que para o devedor. Perdoar é uma atitude lógica, racional e do interesse de cada um. Na medida em que perdoamos é que somos perdoados. Por mais que sejamos perdoado, só estaremos perdoados, quando nós mesmo nos perdoarmos! Esta segunda petição ética é colocada de uma forma impressionante sobre o Plexo Esplênico, orientando a forma com que a energia tramita por este chacra.
Chakra Sacro e Básico
Não nos deixeis cair em tentação.
Esta petição tem características muito interessantes. Não se pede aqui para que não existam tentações. Também não se pede que não sejamos submetidos às tentações. Que existam! Que sejamos tentados! Que tenhamos força para não cairmos nelas!
Não podemos evitar as tentações da matéria, porque vivemos nela. Viver na matéria é a principal finalidade de nossa existência neste “eon”. Não podemos pedir que nos liberte do mundo! Pedimos que não fiquemos presos às tentações do mundo. Que saibamos viver no mundo sem ficarmos presos às coisas terrenas.
Com esta terceira petição ética chegamos com a energia divina até nossa materialidade terrena.
Nossos plexos Sacro e Genital (básico) são a parte do nosso corpo que nos põe em contato com o mundo material. Neste ponto, temos mais uma interessante colocação desta prece, quando separa o chacra sacro do chacra básico. Há entre os estudiosos dos chacras aqueles que os consideram como um único chacra. Provavelmente com a intenção de que o número dos chacras sejam sete.

Na prece, os chacras sacro e básico aparecem separados de uma forma bastante sutil, o que dá margem a interpretar os chacras como sete ou oito. A ultima petição pode parecer incluída nesta.
Livrai-nos do mal.
Esta ultima petição ética é de difícil interpretação. Ficou claro na petição anterior, que a tentação não é o mal.
O que seria este mal? Poder-se-ia entender o mal como sendo o caminho da satisfação dos sentidos, o mergulho do homem na sua materialidade. Sendo este caminho uma opção de fé e de vida. Alegam alguns magos negros que esta seria um opção divina. Já foi o próprio Deus que nos colocou os sentidos e nos proporcionou o prazer em satisfazê-los.

A doutrina de Jesus é clara em mostrar que é mesmo necessário que tenhamos nossos sentidos satisfeitos, até o momento em que tenhamos chegado ao fim do poço da jornada da satisfação destes sentidos, para então reiniciarmos o caminho de volta a Deus, como bem está demonstrado na parábola do Filho Pródigo.
O homem é sem duvida muito mais que a sua materialidade. A plena satisfação da materialidade não conduz o homem à felicidade. Este fato está sendo demonstrado de modo prático e claro, neste fim de ciclo pelo qual estamos passando. O homem vem tendo todas as suas necessidades satisfeitas pelo progresso da ciência e da tecnologia, sem que isto o torne mais feliz. Esta interpretação não faz sentido, não só nesta prece, como também não se sustenta por si mesma.
O verdadeiro mal também não consiste em se ser mau. A grande maioria dos que são maus, o são por defesa, por medo, ou por ignorância. “Deus faz nascer o sol todas as manhãs igualmente para os bons e para os maus”. Não se pode aceitar que exista um mal organizado, que se contraponha ao bem e à harmonia de Deus. Desta forma, estaríamos aceitando um Deus que não seria onipotente. Não há dualidade entre bem e mal. Fazer o mal gera uma reação externa, que se volta contra o próprio homem, criando agressões dos outros homens ou do meio.
Quanto mais adiantado o homem, fazer o mal gera uma desarmonia interna que o faz sofrer. O homem está no mundo para evoluir e crescer, na compreensão deste ciclo evolutivo. Sendo mau, vai de alguma forma movimentar forças que se voltarão contra ele, não com o intuito de puni-lo, mas de educá-lo na compreensão deste ciclo evolutivo. Desta forma, vemos que ser mau não é o verdadeiro mal.
Estas observações levam-nos a admitir que o verdadeiro mal está na inércia do homem.
O mal está em ser morno, não ser frio nem quente. O mal está em não usar os “talentos” com que fomos brindados. O mal está em ficar parado! – Conforme foi dito pelo próprio Jesus.

Com esta ultima petição, se encerra esta maravilhosa oração.
A energia divina foi trazida até nós, rebaixada gradualmente através dos nossos vórtices de energia (chacras), vindo finalmente nos dar um impulso de vida. Impulso para que sigamos adiante!
Para que andemos!
Para que vivamos!
Por que vivendo, bem ou mal, certo ou errado, inevitavelmente estaremos cumprindo a Vontade de Deus que está em nós!

Amém!       



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