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30/03/2013




Compartilhando de: Jose Maria Gomes Neto

Deixa sair para deixar fluir

A vida é um fluxo continuo de transformação de energias, um constante fim e novo começo;
A energia da vida gerada pelo Sol é regulada pela Lua que se move em volta da Terra e se expressa por meio de ondas, como as marés que determina;
E as ondas se manisfestam em padrões arquetípicos de ciclos dentro de ciclos com seus ritmos, diferentes qualidades e significados para cada etapa.
Essa fase em que se encontra a Lua, tanto em seu ciclo mensal como anual, e em termos de Aion, simbolicamente arquetípico dentro das Eras, é a etapa final de todo processo, o que está em ressonância com tudo o que precisa deixar de existir naquela forma para deixar nascer o que é novo. É o desmanche da onda. Deixar sair para deixar fluir.

Algumas características desse período que termina nesse pôr do Sol de hoje, 11.3.2013):

- O antigo sentido de identidade começa a se desintegrar, não cabe mais nas situações vividas: "entra mas não cabe". Oportuno se desfazer do que não mais lhe pertence só para criar espaços e deixar nascer o que é novo.
- a antiga onda se desfez e deixa de ter sentido.
- há uma aguçada percepção, uma espécie de pressentimento ou intuição muito fina de que pertencemos a algo maior, do qual tudo e todos fazemos parte. Contatamos de modo ainda incipiente o que é novo, mas já existente desde sempre, desde o campo dos sonhos, a força da semente que se sabe árvore inteira e começa a descobrir-se para além de si mesma. É aqui que se começa a "ouvir o chamado", a perceber as sincronicidades, coincidências cronológicas significativas, a despertar para o processo da auto descoberta e de um novo sentido de identidade.

A sombra
O que está em sombra começa a ser iluminado, mas é nessa fase que se apresenta a "recusa ao chamado", é "fingir que não vê", "a culpa não é minha", a cegueira de não assumir seu parcela de responsabilidade nas coisas que lhe acontecem. A inércia (ausência de energia para mover-se daí, ou energia em estado de bloqueio). Insistência em ficar no velho modelo já conhecido (o apego ao velho e já conhecido sofrimento - vai que mudo e a coisa piora? rs).

O que é preciso
- esvaziar-se completamente, para encontrar seu próprio ritmo, e encontrar o lugar onde nasce o seu próprio movimento. Liga/desliga. A criação do espaço vazio, espaço sem tempo, com ausência de julgamento - um continuum, sem quebras sincopadas ou marcadas.
- desfazer-se do que não quer mais, do que não lhe pertence
- reconhecer suas limitações e os limites que elas lhe têm imposto. Portanto distinguir os limites que são seus dos que não são seus.
Não há mais margens ou fronteiras que lhe aprisionem.
- é ali onde tudo pára e tudo começa: o 'ESPAÇO ENTRE'. Ao mesmo tempo é um convite para "entrar' nesse espaço criado pela força instintiva e primordial da energia feminina que busca o início do movimento emergente de sair de onde está para um lugar ainda desconhecido, e perceber como nasce esse movimento e como se movimenta sua própria energia, sem agregados, é o início do movimento de dentro para fora.

Encontrar seu próprio ritmo:
A entrada da nova fase, que ocorre logo após a virada da Lua, a partir do pôr do Sol de hoje (11.3.2013), é onde começa a ouvir o pulsar das batidas do próprio coração, e o movimento em direção à nova "onda de Ser" se faz perceptível. Como um movimento na direção para onde o coração aponta!
É o despertar da força masculina, a energia que liga na direção de, que dá o start, a partida para fora, sair de si mesmo, para se tornar mais e mais o nasceu para ser. Quebrar o ovo, destruir o mundo do velho envólucro, e começar a assumir novos compromissos consigo mesmo.
Essa força ilumina, irradia, sai do estado de fluxo constante, sem ritmo e sem forma, e passa a impor sua própria pulsação, para atingir o coração do outro - é o tempo de mover-se com as batidas do próprio coração na direção do novo mundo.
É quando a "água na cintura nos move para dentro da nova Onda de Ser".
O futuro do que sabemos que somos se torna presente e é irresistível lançar-se na direção de sê-lo.

Cada célula de nosso corpo é uma semente de todo o nosso ser. E como uma semente, tem ali contida a informação da árvore inteira. Todo nosso corpo se sabe o Ser inteiro que somos, ao que viemos e nos dota de todas as possibilidades para a auto realização.
A força da vida que habita em cada um de nós "quer" encontrar, nessa nova etapa, a luz do Sol refletida, de modo ainda tímido e incipiente, na Nova Lua Nova desse novo ciclo que se incia no por do Sol de 11 de março de 2013.

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