Páginas

25/09/2014



O néctar da vida!
Quando descobrimos que não somos nada do que pensamos ser, a primeira sensação é de absoluto vazio, um desconfortável e desconcertante vazio. Afinal passamos a vida acreditando que somos o que nos faz feliz, somos a tristeza que carregamos, somos as lágrimas que derramamos as perdas e os ganhos que tivemos. Somos ensinados que somos a religião que pregamos os livros sagrados que lemos os aprendizados que recebemos nas escolas e os diplomas que penduramos nas paredes, assim como e mais intensamente, somos ensinados que somos o que temos em nossa conta bancária.
Passamos nossa vida acreditando e olhando as coisas de fora para dentro, dando mais valor ao que dizem, do que ao nosso próprio sentir.
Passamos a vida em barulhos horrorosos, ao som de palavras vazias e mentes cheias. Corações angustiados e mãos descartáveis, já que não são estendidas para ajudar um irmão sequer na caminhada.
Ao passamos o primeiro impacto da descoberta de quem somos e percebermos que, não somos nada daquilo que pensávamos nada daquilo que os outros nos falavam, nada daquilo que o espelho, mesmo o de mais puro cristal, nos sentimos abençoados por percebermos que somos as qualidades do Grande Mistério! Pura e simplesmente.
Não somos a tristeza nem a culpa, muito menos a dor ou a desilusão. Não somos a alegria nem as lágrimas, não somos nada que possa ser explicado em palavras. Somos a mais pura luz e não sombras como sempre nos fizeram crer. E, por crermos sermos sombras, nos afastamos daquilo de mais sagrado que temos e somos: O AMOR DIVINO!
Não, isso não é religioso. Isso é descoberta do Grande Mistério na sua mais profunda e pura essência.
E somente no silêncio conseguimos encontrar isso.
Enquanto nos cremos sombras e cremos ainda mais, que somos castigados por não sermos a luz que buscamos, vamos criando véus que nos distanciam da verdade.
Não creio que somos criados por essa força misteriosa para que sejamos o tronco, o algoz e/ou a vítima. Não creio que somos, ainda que estejamos por estarmos vendados, de todo o mal que é pregado ao mundo. Se realmente cremos que somos filhos dessa Força, precisamos sair dessa caverna escura e úmida, para a luz que pode queimar um pouco nossa retina, nossa pele e nossas vãs filosofias, mas aos poucos, conforme vamos nos acostumando e nos entregando a essa Luz Maior, nos damos conta que somos todos, filhos de uma mesma célula, criados a partir de uma mesma semente e mesmo que demore o que pensamos ser uma eternidade, todos nós nos daremos conta da luz que emana a partir de nossos corações, da nossa célula matriz e que, portanto, somos todos frutos de uma mesma árvore.
Isso não é encontrado ou ensinado em templos de ouro e prata, nem em templos onde a voz dos homens é mais ouvida do que o silêncio dos anjos. Isso não é ouvido em bares onde o álcool comanda as festas e a falsa alegria dos que caminham anestesiados nem mesmo em lares onde o abraço e o aconchego não são parte da refeição. Sim, a alma necessita ser alimentada!
Eu falo de um Mistério que canta pelos bicos de seus filhos, que anunciam o amanhecer. Eu falo de um Mistério que está nas plantas que colhemos da terra e nos nutrem o corpo. Eu falo de um Mistério que se apresenta todos os dias, quando anoitece e nos presenteia com o descanso de nossos corpos e com estrelas que cintilam na imensidão e, também nos dá o amanhecer para que possamos despertar, mais do que nossos corpos, nos possibilita o despertar da consciência!
Eu falo de um Mistério que se manifesta nas águas que batem nas pedras e nas que escorrem pelas encostas, matando a sede dos caminhantes. Um Mistério que pia alto no céu e nos ensina a olhar de fora e do alto nossas preocupações e assim, encontrarmos as soluções que necessitamos.
Eu falo de um Mistério que dança com suas asas entre uma flor e outra, colhendo o néctar da vida, beijando suavemente as pétalas que lhe serve de alimento, em forma de gratidão!
Eu falo de um Mistério que firma os passos sobre a terra e nos dá segurança no caminhar.
Eu falo em um Mistério de esperança que se renova todos os dias, em todos os corações, para que todos possam de alguma forma, encontrar a paz tão desejada e tão esperada, mas que mesmo sem perceber, nos afastamos, para vivermos sob o julgo de pretensos deuses da sabedoria e da religião, que ao invés de nos religar nos desliga de nós mesmos e conseqüentemente, do Todo!
Ao contrário do que muitos pensam, eu não sou religiosa, pois não sigo nenhum livro, nenhum ensinamento que vêm pelo homem. Sou filha das estrelas, tenho em mim o pó da criação do universo, tenho em mim o DNA das estrelas e creio nessa força. Sou feita à imagem e semelhança, portanto sou uma das qualidades desse Grande Mistério aqui nesse mundo e sim, essa qualidade apesar de estar em mim, não é minha. É fruto que mata a fome dos meus irmãos e a semente que semearei na terra. Esse é meu contrato sagrado, que após ser cumprido encerrará minha jornada.
Eu falo de um Grande Mistério que se manifesta em toda plenitude de sua criação, em todo seu amor a todo instante e, como sempre digo, basta estar atento, basta estar presente em nosso presente, pois Ele se mostra e se manifesta a todo instante!
Permita-se ser esse Vazio absoluto e descubra-se em plenitude!
Permita-se saciar sua sede, com o néctar da vida!

SEJAMOS HOJE A MELHOR PESSOA QUE PUDERMOS!
SEJAMOS AMOR EM MOVIMENTO!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário para nosso blog, com eles poderemos melhorar e aprimorar nossos textos e abordagens!!