Então ela rastejou pelo chão.
E enquanto rastejava, deixava pedaços da pele pelo caminho. Sentia-se perdendo coisas, deixando para trás pedaços da história, do coração, da alma. E quanto mais perdia, quanto mais deixava pedaços seus, mais sentia que encontrava-se inteira.
Fazia-se em partes, e sentia-se plena.
Morreu em cada parte que ficou. Não olhou pelos ombros, nem mesmo para ver suas pegadas. Elas também estavam deixando de estar visíveis, elas também estavam morrendo.
Não havia passado, ele havia passado, ido, partido!
Viu um clarão.
Era uma luz.
Renascer...
Havia uma tela em branco, que precisava de colorido.
Havia um dia.
Havia o agora.
Saiu do chão.
Não caminhou..percebeu que haviam asas em suas costas.
Havia o vento!
Havia o voar!
Havia a liberdade da tela em branco!
Havia a luz.
Havia o precipício.
Houve o salto!
E o vazio da tela a ser preenchida!
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