quero poder gritar,
surtar me descabelar,
quero não precisar ser forte todos os dias
quero o direito ao colo
ao aconchego
quero cafuné na cabeça
quero poder simplesmente
não fingir estar bem
sentir dor, desaguar
sem me importar
se alguém vai ver ou ouvir
se vai julgar, falar
quero poder ser eu
e se esse eu
estiver triste
que eu viva essa tristeza
quero poder apenas
viver intensamente
tudo o que sinto, pulso
quero ter o direito
ao desequilibrio
ao desencanto
ao desafeto
ao desapego
ao desabafo
sufocado em meu peito
quero o grito solto no ar
o peito aberto
rasgado
quero e pronto
não te peço licença
abro caminho com as mãos
estilhaço as bombas
por entre os dedos
liberto a alma
pelas fendas
pelos vales
pelas frestas
pelas lágrimas
me encontro mar
depois de ser corredeira.
sua escrita é encontro para mim! estou amando tudo! Gratidão profunda! Que o Universo a abençoe em sempre!
ResponderExcluirChirley querida!
ExcluirGratidão pelo carinho isso me inspira a continuar escrevendo sempre sobre nosso feminino!
um beijo!