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14/12/2015







Sim, eu sou radical no que diz respeito ao Feminino!
Pra falar sobre ele com propriedade, há que SER mulher.
Pra saber o que é ser mulher, não basta conviver com uma, porque isso apenas mostra COMO É ser mulher.
Há que sentir as luas dentro, não apenas saber como funciona os ciclos.
Há que menstruar, não apenas conhecer sobre nosso sangue.
Há que Ser água, há que Ser intensa.
Falar sobre o feminino pode. Dizer que conhece mais do que Nós mulheres, ai não.
Um homem pode até mesmo conhecer todo o desenho do mapa do que é feminino.
Mas há que ser mulher para conhecer o território.
Há que se caminhar em nossos sapatos.
Há que viver nossos momentos.
Há que parir, ainda que a sí própria.
Há que viver as dores, conhecer as alegrias, saber o que é nutrir no seio sagrado de nosso corpo.
Você, como homem pode conhecer o desenho, mas quem os cria somos nós, com os pincéis de nossos cabelos trançados.
Há que trilhar o caminho de nossas rendas de amor.
Há que tecer a vida suavemente com os fios da teia formada por nosso útero.
Há que dançar a dança da vida com a delicadeza das pétalas de rosas.
Há que trocar com a terra, todos os meses, a sabedoria da vida;
Há que acolher as dores alheias.
Há que se Ter útero.
Há que Ser Fêmea.
Há que SER MULHER

Um comentário:

  1. É um poema intenso, bonito.
    Mas exclui as almas das mulheres que nasceram em corpos masculinos.
    Eu nasci mulher, mas precisei de muito tempo para me aceitar e me amar como mulher.
    Um amigo nasceu homem, mas sua alma feminina teria sido muito feliz se tivesse nascido em corpo de mulher.
    Há mulheres de alma, há mulheres de corpo, e existem aquelas que são ambas as coisas.
    Minha visão é essa. Diferente, por experiências diferentes das da autora terem me modelado até aqui.

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