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22/03/2016









Momentos de uma benzedeira!
Desafios e ensinamentos sobre desapego e momentos de despertar pessoal.

Há mais ou menos um mês e meio atrás uma mulher me procurou perguntando se eu benzia crianças e se podia trazer seu filho para que eu benzesse.
Quando ela chegou, junto com uma vizinha que carregava o filho no colo, veio me explicando sobre o "refluxo" que o menino tinha desde o nascimento.
Percebi que ela mal pegava o filho no colo, só encontrava palavras para mostrar os "defeitos" da criança, como por exemplo não parar quieto, não dormir a noite inteira e o quanto ela estava cansada.
Na segunda vez que veio, trouxe a mãe e a vizinha que novamente, trazia a crianças nos braços.
Ela me contou sobre as noites mal dormidas, em que muitas vezes deixava o filho com a vizinha pra que ela pudesse olhar ele enquanto ela dormia e que, lá "na casa da vizinha" ele conseguia dormir a noite toda.
Ela contou nervosa sobre ter sido "obrigada" pela mãe a registrar o filho com o sobrenome do pai, que sequer ajuda financeiramente, nem mesmo aparece para ver a cria. Sua revolta com a vida que está errada, em como rejeitou a gravidez e assim foi me contando toda sua trajetória.
Mãe e filha não se dão bem, ambas nutrem uma "raiva" uma pela outra, que chegou a murchar as plantas que tinha no vaso perto delas.
Depois de ouvir tudo, disse que o benzimento acalmava o menino, que trazia alento, mas devido ao refluxo, gostaria de cuidar dele tb com reiki caso ela permitisse, mas que também precisaria cuidar dela, pois muito do que o menino sentia estava diretamente ligado as emoções e energias que ambas, mãe e avó, passavam pra ele. (Adendo: a avó assim que aqui chegou teve diarréia).
A mãe ficou feliz com a possibilidade de ser ouvida, acolhida e ver uma ponte se desenhando onde a travessia traria a paz que ela tanto buscava dentro dela.
Saiu de casa feliz...enquanto a avó nutria por mim muito descontentamento e uma certa raiva.
Ninguém voltou.....
Fico pensando como o menino está...e se a mãe conseguirá algum dia, se libertar e curar o feminino que está doente nela, tendo a possibilidade de levar cura a toda uma linhagem.
Nem sempre conseguimos tudo afinal, podemos abrir a porta, mas não podemos obrigar o outro a atravessar!
Cada qual desperta quando está pronto e precisamos compreender isso!

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