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11/04/2016







Quando queremos renascer e nos tornarmos maiores e melhores para nós mesmas e consequentemente para todas as outras mulheres de nossa jornada, precisamos aprender a recolher ossos. Recolher ossos significa dar novo sentido a nossa vida, reconstruir o esqueleto da nossa história e permitir que ele saia do campo das sombras, que se se fortaleça, já sem as marcas de ferimentos que houveram na carne, mas fortes como apenas os ossos podem ser. Difíceis de serem destruídos, ainda que queimados, dificilmente desaparecem, pois há neles a marca da vida, constante e sempre mutável!
Quando queremos renascer, precisamos reorganizar nosso esqueleto e refazer a carne, os pêlos e nos permitir correr pelos campos, livres e soltas, como os lobos!
Nós mulheres quando equilibradas em nosso centro, nossa essência, somos como lobos, pois cuidamos de nossa matilha, de nós e seguimos as estações, permitindo que elas vivam e pulsem em nós.
Precisamos ir fundo no deserto de nossa alma, acender uma fogueira e conversar com nossas sombras, compreendendo cada uma, seu nascimento e proporcionando que elas adormeçam e sejam guardadas em local seguro, para que ali permaneçam.
No deserto de nossas almas, há sempre um local seguro, uma casa velha, um fogão de lenha e uma anciã nos aguardando, com um unguento para as feridas, um chá para nosso voo e um alento para nossas dores!
Basta que silenciemos as palavras.
Abandonemos o medo e façamos uma jornada intensa a esse local, onde nossas lágrimas, vão levar de volta a fertilidade ao solo desértico pelo abandono, pelas críticas e julgamentos que sofremos e que nos permitimos fazer a nós mesmas.
Vamos recolher nossos ossos!
Vamos nos recriar!


Somos Breves!
Sejamos Leves!




obs.: uma reflexão sobre La Loba
Mulheres que Correm com Lobos
Clarissa Pinkola Estés

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