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24/11/2016


Nosso repórter fez o curso que forma mulheres (e homens) numa tradição quase esquecida: a das benzedeiras. Antenadas com as novas mídias, agora dá pra benzer até via WhatsApp


POR MADSON DE MORAES 23.11.2016

Na sobreloja de um espaço destinado à dança do ventre em Santana, zona norte da capital paulista, um grupo de mulheres se reúne para manter uma tradição bem antiga: a das benzedeiras. Confiro o kit pedido: um pano, uma vela e rosa branca e um ramo de alecrim. Subo as escadas e dou de cara com Amadeu, o único homem, além de mim, que fará parte do curso de benzedeira que vou viver nas próximas seis horas.


A figura da benzedeira na minha cabeça sempre esteve circunscrita a senhorinhas simpáticas sacolejando galhos de arruda diante de alguém necessitado de espantar alguma zica. Mas as mais de vinte mulheres que estão ali, a maioria jovens, desmistificam de cara essa imagem.


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É o caso de Bárbara Schrage, a Babi. Ela viu alguém se interessar pelo evento criado por Rose no Facebook quando, dias antes, tinha colocado na cabeça que queria aprender a ser benzedeira. Comento como é maluco o mundo e ela dispara a frase que considera a da sua vida (ela tem 30 anos): “Nesse mundo não existe coincidência, só o inevitável”.

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