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19/10/2017














Nossos gatilhos pessoais e a coragem de enfrentá-los


Todos nós estamos vivendo processos de limpeza, purificação, conscientização e evolução, mas para isso precisamos compreender todos os elementos que nos paralisam e não permitem que subamos os degraus na evolução consciencial e acima de tudo, consciente.

Compreender esses gatilhos emocionais é parte absolutamente necessária e pessoal, sendo assim intransferível, ou seja, não temos entregar nas mãos de terceiros nossa evolução, sendo isso mais um dos véus das ilusões que nos colocam nos olhos, tornando-nos escravos e submissos dos conceitos e dogmas alheios. Muitas vezes inclusive, contrários ao que acreditamos mas, por puro comodismo nos deixamos ser guiados, as vezes por quem tem menos consciência do que nós. Cegos guiando cegos.

Cada vez que nos rendemos a esses gatilhos, damos forças a eles, tornando-os cada vez mais e mais e densos, fazendo com que fique a cada dia mais difícil de nos libertarmos da “gosma” que nos envolve e nos paralisa.

Não querer falar sobre a morte porque alguém da família morreu tragicamente, não afasta a morte de nós, simplesmente porque ela é tão natural quando a vida e ainda que não falemos dela, ela continua existindo. Quando temos algo que nos prende, precisamos falar e olhar para esse algo, ou nunca encontraremos a fechadura para que a chave do nosso despertar possa abri-la.

Quando me rendo ao medo de enfrentar um gatilho seja ele qual for, vou alimentando e fortalecendo esse gatilho.

Não querer olhar para a dor não a faz ir embora, aliás faz com que ela se torne uma inimiga e cresça, transformando-se em sofrimento, o que permanece até que enfrentemos de frente o que nos machuca, acolhendo nossa dor, fazendo com que ela se acalme e aos poucos desapareça e juntamente com ela, o sofrimento causado pela negação.

Os gatilhos existem para nos lembrar de algo que ainda está com raízes em nós e nos chama atenção, como um enorme sino dos ventos que a menor brisa, vai soar, lembrando-nos que a música da vida sempre acontece. Quando o gatilho surgir, seja em emanação de dor, raiva, angústia, tristeza, não vire de costas para ele, observe-o, sinta-o e perceba onde e o que faz esse gatilho ser acionado, pois a “arma”, está sempre apontada para nossa cabeça. A morte será inevitável...a alma cansa e desgasta o corpo, o coração, a mente....observar onde nasce esses gatilhos nos torna curadores de nós mesmos, e abrimos a porta para que a luz penetre nossos cantos escuros e essa morte seja apenas um rito de passagem quando subirmos mais um degrau, livres de dores, tristezas, carregando apenas e tão somente as experiências e sentimentos leves dentro do peito.

Que os gatilhos se mostrem e que tenhamos a “cor-agem” (dar cor à ação) de olharmos eles dentro dos olhos e dizermos: Eu Posso!



Um dia repleto de cor-agem para nós!




Rose Kareemi Ponce

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