(Pra quem pensa em caminhar sendo uma rezadeira/curandeira, entenda que somos alvo)
Ela era uma rezadeira. Daquelas que amam o que fazem, que está sempre disponível para uma reza, um abraço, um conselho amoroso.
Vivia numa cidade pequena, pouco mais de quinze mil habitantes, a maioria deles tinham suas casas na “roça”, como se dizia por ali. Gostava do silêncio e do canto dos pássaros. Amava o cheiro da terra molhada quando chovia.
Ela atendia pessoas em sua casa, benzia suas crianças, ia até suas residências quando necessário e pedido, ela não se recusava nunca a atender aos que pediam por seus cuidados.
Muitas pessoas não sabendo de seu caminho batiam palmas para pedir o mal. Separação, morte, doenças. Ela colocava as pessoas para dentro de sua casa e amorosamente explicava-lhes que não fazia maldades, que seu caminho era rezar pelo bem de todos e isso não podia ser maculado por maledicência, magias negativas, desejo do mal ao outro. Ela só rezava pelo bem, seguia os ensinamentos de Cristo, ainda que não fosse a igrejas, Ele era seu maior mestre e Maria sua mãe, sua guia e conselheira em todos os caminhos trilhados.
Ela seguia sua jornada, cuidando de sua vida, sua casa, família, e ajudando a todos os que com ela cruzavam. Coração com coração, sempre, dizia ela.
Pessoas continuavam indo e vindo, algumas pedindo rezos e sendo atendidas e outras, solicitando o mal e saindo muitas delas, com raiva por não ter seus desejos de vingança e falso amor, atendidos. Essas mesmas pessoas, que não foram atendidas em suas baixas vibrações, em seus desejos cruéis de maldade, espalham pela cidade a pólvora da maledicência, mas, se dizem caminhar sob os passos do Mestre.
A “bruxa má” da cidade é aquela para onde correm os que precisam em seus momentos de aperto, de desejo por um rezo. Muitos saem em paz e gratos, outros apenas saem, levando consigo o que trouxeram: suas raivas pessoais.
Ela segue, sabendo que na esquina há quem fale dela sem ao menos conhecê-la, mas ainda assim segue, pois seu compromisso é com o Amor e, nem todos estão disponíveis para ele verdadeiramente.
As pessoas têm medo do desconhecido, pensava ela e, o que as pessoas falavam dela não a tornava quem ela realmente era!
Ela seguia, rezando e cuidando, pois esse era seu contrato sagrado.
Ela seguia esses ensinamentos:
“Amai ao próximo como a ti mesmo”
“Não julgueis”
“Não turves vosso coração”
Assim É!
Rose Kareemi Ponce
(uma história real)
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