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18/04/2012

O ÚTERO E A RODA SAGRADA

“TE DIGO ESSAS COISAS PARA QUE AS SAIBAS.
TOMA O QUE PODES USAR DELAS E DEISE O
RESTO PARA TRÁS”.
MAMA JULIA FARAN - CURNDEIRA PERUANA


Muito a Medicina tem estudado sobre a função uterina, mas somente segundo o lado anátomo-fisiológico, ficando ignorado totalmente o lado energético. Toda conduta feminina tem tido como base a natureza anatômica e fisiológica, especialmente de nível genital em geral e do útero em particular, quando não deveria ser negligenciado o lado físico energético, que, em verdade é mais importante porque na maioria das vezes é esse lado a causa básica dos problemas, não só ginecológico, mas também gerais e psíquicos.

Quando a mulher aceita seu corpo, quando ela considera o ciclo menstrual como sagrado, e o útero como o ninho da vida, esse órgão jamais endurece (tumores). Não são apenas toxinas que são eliminadas através do fluxo menstrual, mas também o conteúdo de registros de distintos estados emocionais que aderem às células uterinas.



Anteriormente citamos o útero como sendo o segundo órgão mais importante órgão no tocante aos registros celulares. Depois do cérebro, ele é o de maior capacidade de registro, muito embora isso somente seja conhecido dos xamães, e das pessoas que lidam com a energia sutil. As células nervosas têm função de comando, as do útero não o têm, mas, por outro lado, em termos de registro, elas são tão, ou mais efetivas que as nervosas .

A função de registro uterino é desconhecida pela ciência, mas nem por isso deixa de ser verdade. É nesse patamar que se efetiva grande parte do trabalho das “feiticeiras” .

Tal como acontece no cérebro, também no útero os registros ocorrem ordena damente, isto é, em obediência a uma localização específica para cada tipo de emoção. De um modo geral, se pode citar que são fundamentais os pontos situados nos 4 quadrantes. A iniciada sabe como trabalhar as emoções, como trabalhar no sentido da eliminação da energia negativa. Ela sabe precisamente onde cada tipo de coisa está localizada no útero.



TEmos visto o significado e a importância da Roda Sagrada – Roda de Cura, è um circulo construído com 36 pedras, cada uma delas simbolizando virtudes próprias. Através de uma Roda Sagrada ao nativo pode fazer uma viagem para dentro de si mesmo ou se identificar com o mundo que o cerca. A roda permite curar não apenas males físicos, mas todos os distúrbios psicológicos, permite a pessoa conhecer a si mesmo bem mais do que é possível através de métodos psicológicos. O Nativo, e em especial o Xamães, quando querem se identificar com o lado sagrado da natureza constroem um circulo de pedras em torno do qual ele caminha ou dança a fim de obterem conhecimentos das distintas situações das pessoas e dele próprio Nesse sentido a mulher leva grande vantagem sobre o homem, pois ela não precisa construir um circulo desde que ela já tem as emoções precisamente localizadas no útero e dispostas segundo o padrão da Roda de Cura. O homem, ou a mulher que não mais tenha útero necessita de um lugar fora de si para construir a Roda de Cura, e não é em qualquer lugar que ele pode efetivar a construção. Enquanto isso a mulher assinala no seu próprio útero, aliás ela não precisa construir, ele já existe naturalmente no útero pois nesse órgão as emoções e sentimentos já estão localizados. Por visualização a mulher pode dispor tudo segundo o modelo da Roda de Cura. Diz o Principio Hermético do Gênero: Assim como é em cima é também em baixo. Nesse caso queremos dizer que a roda construída é apenas uma estruturação de uma planta da natureza, e isso já existe no útero. Não se trata de uma construção aleatória, mas sim de uma copia da natureza. Assim como é em cima é em baixo, no útero há localizações especificas para as distintas classes de sentimentos. Sendo assim é viável a mulher precisar exatamente onde tal ou qual sentimento está situado e assim por visualização elimina-lo. Também descobrir o que não está bem, o que precisa ser eliminado (queimado), modificado (lavado), retirado (sepultado) ou distribuído (levado). Pela 36 pedras há um refinamento da analise, há um aprofundamento, que vai além daquele estabelecido pelos quadrantes apenas.

A mulher assim pode trabalhar com os sentimentos, o seu útero pode ser usado como se fosse uma daquelas bonecas do vodu. Ela localiza o objetivo visado, amplia mentalizando e aspirando, e elimina mentalizando e exalando.

Ela pode ser uma curandeira, como também uma megera, a decisão é dela.

O que estamos referindo marca o divisor entre o poder feminino e o masculino e foi precisamente isto o que levou o homem a estabelecer o machismo como estratégia defensiva.



JOSÉ LAÉRCIO DO EGITO

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