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06/04/2015








Despetalei flores
para perfumar minhas mãos
abandonei meu ninho
criei asas em pleno abismo
enquanto meu choro escorria
molhando minha face
sanando feridas
corri caminhos longínquos
encontrei pedras na jornada
que eram mestres na solitude
aprendi que solidão é escolha!
Perdi a chave da minha morada
e me descobri senhora do mundo
sem ter pra onde voltar
abri picada com as mãos
vi o horizonte crescendo
e trazendo escassez de dor
vazantes de amor
corredeiras de felicidade
sou barco a deriva
sem destino marcado
com avidez do saber
percorro trilhas
escrevo linhas
silencio palavras
grito o silencio
da alma renascida
do peito lavado
dos pés cansados

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