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03/02/2016



Amo o silêncio da minha casa.
O poder ouvir o som das folhas balançando ao vento, chego quase a ouvir a própria vóz do silêncio, de tão profundo que ele é!
Amo essa paz silenciosa de vozes, mas repleta de paz!
Converso com esse silêncio, enviando mensagens ao infinito e me deixo ser guiada como se mergulhada nas águas.
Permito-me fluir nesse silêncio e cada pequeno som que me chega é convite para que minha alma vá visitar lugares, sem mesmo sair do lugar, apenas meu coração e alma voam e se encontram com os encantos da noite!. O riacho que passa perto de casa, onde sapos coacham, as matas onde grilos cantam e os vagalumes iluminam meu vôo!
Amo o silêncio. Amo ouvir o som da minha respiração e o pio da coruja ao longe...
O meu silêncio fala e me conta histórias de de outros lugares, me canta cantigas de ninar, me embala docemente em seus braços!
Ah, esse silêncio transformador, que me remete ao útero, que me coloca no centro, que me ampara a alma!
Navego por águas calmas e levo comigo a lua em meu barco, que mingua meus medos, renova minha fé, cresce em mim a sabedoria e me faz plena de amor!
Corto com faca, abro um rasgo no ventre do silêncio e de lá brotam estrelas multicolores que fazem festa ao perceber que há alguém ali, sentada nas nuvens das poesias, apenas ouvindo o silêncio, apenas se encontrando com o Sagrado!

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