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06/02/2016









As lavadeiras



Nós lavamos a alma dos que tiveram
Suas bocas fechadas, trancadas a chaves
Limpamos a pele corroída pelas correntes
Com o suor da das nossas testas
Que escorre ao cantarmos as dores
Dos que não podem mais clamar.


Nós somos as lavadeiras do caminho
Somos as que cantam nos rios
As histórias de nossos antepassados
Somos mulheres guerreiras
Fazemos da nossa voz, espada afiada
Ecoamos aos quatro ventos
A voz cansada dos subúrbios adormecidos


Lavamos a sujeira dos que não querem
Que os “esquecidos” no fundo do poço
Ressurjam com canto de amor
Quaramos as roupas da alma
E deixamos a brancura da paz


Tremular no mastro dos corações!

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