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11/05/2016





Quando o universo quer que fixemos em nossa alma as lições do caminho, ele sabe como fazer!
No fim de semana do dia das mães, quatro diferentes pessoas me enviaram via whatsapp e inbox aqui no face uma pergunta sobre haver algum "feitiço", "magia" ou "simpatia" que pudesse melhorar ou transformar a relação entre elas e suas respectivas mães. Segue minha compreensão sobre o assunto. "Minha" visão.

Partindo do princípio que magia não começa na vela acesa, no ponto riscado ou cantado, mas no intento. De nada adianta a vela, se o intento ao acender não estiver firmado. Não serve de nada o ponto riscado, se não houver intento no ato. Tudo não passará de encenação, de teatro magístico.
Não flores, não há magia que possa resolver a relação entre mães e filhas senão o respeito, a aceitação da mãe como ela é, afinal de contas sendo ela como é, gerou, nutriu alma e corpo antes e após o nascimento, educou dentro do que ela tinha como limites pessoais para tal, mas o fez da melhor forma e com o coração.
A magia para melhorarmos nossa relação com nossas mães, passa pelo respeito, pela honra, pelo curvar-se perante àquela que nos nos deu o que temos de mais sagrado, nossa própria existência.
De nada adianta irmos a benzedeiras, conversarmos com caboclos, pretos velhos, xamãs, pajés, feiticeiras, se em nosso coração não há o real intento de nos tornarmos melhores e honrarmos aquela que veio antes de nós, caminhou a estrada antes de nossos pés tocarem o chão, escreveu o mapa com seus pés e mãos muitas vezes calejadas pelo trabalho e pelo coração cansado de doar amor da forma que ela consegue e pode e não receber nada em troca, nem mesmo o respeito em nossas atitudes e palavras!
Não existe a menor possibilidade de curarmos uma relação com nossa matriz, se em nosso coração habita o julgamento que nasce em nossa prepotência e arrogância de nos acharmos melhores e maiores do que aquelas que nos deram a vida.
Para curarmos essa relação, devemos nos curvar perante elas, pedir perdão e simplesmente amar aquela que nos amou quando éramos apenas uma semente, sem face, sem sexo, sem cheiro, sem nada. Éramos apenas um pulsar de vida, que dentro do ventre nos tornamos tesouro.
Se ela não foi o que esperávamos, foi o que podia, da melhor forma.
Se ela não nos deu o que queríamos, nos deu o que conseguiu.
Se ela não conseguiu nos criar, certamente nela habita uma dor lancinante, que corta seu coração todos os dias porque não deve ter sido fácil a decisão de nos doar. E isso também é um ato de amor e a que nos criou, merece todo nosso respeito e dignidade.
Não existe magia, senão a da humildade de nos reconhecer falhos, que cure essa relação e digo mais, aproveite sua mãe viva, olhe no fundo dos olhos dela e peça perdão. Por seu julgamento, sua prepotência e incapacidade de aceitar como é, aquela que só quer que sejamos melhores, para nós mesmos, para o mundo e acima de tudo, para ela!
Simples assim!
Não podemos falar em cuidarmos de tradição nenhuma, se não cuidamos da nossa matriz, da nossa tradição, de onde nós viemos. Não podemos falar em magia, se a magia do amor não acontecer em nós se a humildade não for nossa essência!
Ela pode não mais estar presente, quando sua consciência bater forte...e a dor...DOER MESMO!

Somos breves!
Sejamos leves!

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