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18/10/2016







Caminho silenciosamente

Pelos campos que se desenham

Meus passos não são ouvidos

Apenas minha respiração corta a noite

Ando sobre as pegadas das minhas ancestrais

Elas traçam a jornada de meus pés

Estou entregue a vida assim como a morte

Sou a senhora das magias e trago comigo

Meus companheiros de jornada

A onça me diz: ouça, o escuro traz mensagens

Seja a magia que procuras

Liberte-se das amarras

O beija flor sussurra em meus ouvidos:

Alegre-se com a vida

Cure-se das dores e cante os amores

E o gavião me mostra o caminho

Do alto de seus vôos acompanha

Meus pés na terra firmando

Sou a ancestralidade viva

Pois permito que ela pulse em mim

Corra por minhas veias

Nutra meu coração e alma

Caminho solitária, mas não em solidão

Sou banhada de luz

Por todas as que desenharam o mapa

Que hoje percorro o território silenciosamente

Em minhas mirações as vejo

Em meus sonhos as ouço

Em minha vida, as reconheço!

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