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15/03/2017






Durante nossa caminhada terrena temos momentos em que caminhamos nos vales verdes, outros no vale da morte e outros estamos nos topos das montanhas mais altas, vendo a luz do sol nascer de cima. Em cada momento nossas energias e aprendizados acontecem em uma determinada freqüência e somos tomados por sentimentos diversos.

Ao caminhar por vales verdes temos a sensação de calmaria e passividade, ao darmos nossos passos no vale da morte, que nos coloca em contato com nossos lados mais sombrios e passarmos pela noite escura da alma, temos a sensação de morte. Algo profundo em nós se desgruda de nossa pele, como cobra que troca sua vestimenta, e nos pede o desapego. Enquanto não soltarmos, a pele fica grudada nos ossos, na carne e essa sangra, escorre rubramente nossas falsas idéias, nossos dogmas, nossos preconceitos, nossos egos inflacionados por nossas auto importâncias. Mas ao percorrer esses caminhos e nos entregarmos, o topo da montanha vai se aproximando porque ficamos mais leves, mais sutis e deixamos pelo caminho os pesos mortos que estavam em nossas mochilas e podemos sentir o perfume do ar fresco e temos um vasto horizonte para nos enfeitar a visão.

Porém a vida não é linear e o fato de chegarmos ao topo não significa que expurgamos todo nosso veneno, podemos a qualquer momento cair novamente para os vales, pois o ego é implacável e nos observa atentamente aguardando apenas um deslize, uma escorregada de nossas mentes, que nos mente o tempo todo e nos faz sentir maiores do que realmente somos e ai, voltamos ao início de outra jornada, para novamente aprendermos, só que novas lições. Cada degrau que conseguimos escalar, nos faz ter uma percepção diferente e nos coloca desafios diferentes no caminho para que dessa forma estejamos abertos ao lapidar da alma, a re-descobrir o brilho que Somos.

A jornada de nossas vidas é um eterno sob e desce, cai e levanta pois é isso que nos torna grandes, é isso que proporciona à nossa alma a evolução que ela busca incansavelmente. É em busca dessa evolução que caminhamos, brigamos, amamos, choramos, gritamos, damos as mãos, abraçamos, rezamos. Somente vivendo cada dia com sua grandeza e beleza, nos entregando a ele como único, pois realmente o é, e dando a cada momento o melhor de nós em todas nossas escolhas, em cada atividade, a cada troca de olhar que vamos nos tornando seres ainda melhores. Crescemos quando nos permitimos entrega. Permitimos a entrega, quando saímos da dúvida e só deixamos de duvidar, quando nos entregamos. É a roda que faz seu giro em nós.

O importante é termos consciência de que cair nos faz forte, porque a próxima lição é Levantar. Termos a humildade de reconhecer nossos excessos e nossas faltas é o primeiro passo para sairmos da zona de conforto, sinal que o reflexo no espelho não é mais o que gostaríamos de ver.

Levantar humildemente é para os guerreiros e isso é uma das freqüências da paz interna!

Por todas nossas relações.
Sinto Muito.
Me perdoe.
Eu te amo.
Sou grata.



Rose Kareemi Ponce

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