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14/05/2018







Sobre a mãe policial, o assassinato e a aclamação de uma sociedade doente.

Estamos vivendo uma época difícil, onde as pessoas estão doentes do coração. Não o coração físico, mas o coração como guardião do amor.
Estamos sem amor verdadeiro.
Estamos todos com medo.
De forma nenhuma, sob nenhuma circustância podemos dizer que é uma celebração do dia das "mães"!
Mãe não mata, acolhe.
E uma policial, com preparo, não deveria atirar para matar, mas, para imobilizar.
De forma nenhuma dá para ficar felizes ou dizer, como muitos estão dizendo, que foi uma momento "lindo".
Como podemos achar lindo o assassinato, seja de quem for, sob qual ótica for?
Como podemos nos dizer cristãos e nos regozijarmos com a estupidez e a violência?
Como podemos dizer que foi "lindo"?
Ah Rose, mas é bandido.
Ah Rose, é safado.
Deve morrer.
Pois eu sou da opinião, que todos somos irmãos e que sacar de uma arma e matar, ou ficarmos felizes com esse ato, não nos torna melhores do que os ditos "bandidos", nos torna iguais.
Ah Rose, mas ele podia ter matado alguém.
Ok, mas a policial, repito, com o preparo que tem, deveria ter atirado para imobilizar, não exterminar.
Será que esse é o remédio do qual precisamos de verdade?
Será que extermínio, é o que nos fará uma sociedade mais pacífica, ou apenas mostra quão doentes estamos?
Elogiar, bater palmas, ficarmos felizes com a morte do outro ainda mais quando essa morte chega de forma violenta, só me faz perceber que estamos com nossos corações adoecidos de medo.
Ficarmos entusiasmados (entusiasmo - A palavra vem originalmente do grego antigo enthousiasmos, que significava inspiração ou êxtase provocado por uma divindade.
No grego antigo, enthousiasmos era quando uma pessoa era possuída ou inspirada por um deus, caindo em êxtase ou tendo uma experiência religiosa poderosa. Isso acontecia, por exemplo, com o oráculo de Delfos, que era uma pessoa que se dizia ser possuída por um deus e que pronunciava profecias, no templo de Delfos, na Grécia.), só nos mostra o quão longe de nós, humanos, estamos ficando.
Não dá pra ser a favor do "bandido bom é bandido morto".
Não dá pra querer falar de amor, por esse caminho.
Não dá para querer ser um instrumento da luz, sendo um emanador de sombras.
Não dá pra falar em amor, enquanto ele for seletivo.
Não dá para querer caminhar na fé, enquanto ainda houver resquicios de julgamentos e separação em nós.
Caminhar com as palavras é o que nos torna sensatos.
Sairmos do julgamento, é o que torna cristãos, em cristãos.
Não dá mais para haver esse desequilibrio.
Não dá mais para caminharmos em cima do muro.
O muro pessoas, já não existe mais.


Rose Kareemi Ponce

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