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25/08/2018


...Fico pensando cá com meus botões, porque as pessoas se esforçam em ficar na zona de conforto, de manter padrões como violência sendo resposta para “resolver a violência”, desrespeito num grito desesperado por respeito. Assassinatos em “defesa da vida”, tortura como meio de “justiça”, morte como “solução dos problemas”, separação por classes porque “sempre foi assim” e religião para “mudar as coisas para melhor”!
Como pode tantos paradigmas manter uma sociedade se movendo em círculos, num desejo insano de fluir...ou seja, seguir um curso, um destino, um “norte”.
Querer voltar aos tempos onde a sociedade era medida pela quantidade de armas e homens batendo no peito numa demonstração de masculinidade e poder, onde a “pessoa de bem” atira no bandido e no final das contas, aumentou apenas o número de assassinos.
Como podemos querer ensinar crianças a atirar ao invés de mostrá-las o caminho dos sonhos?
Precisamos parar de querer dar opinião na vida alheia o tempo todo, de querer ter razão sobre a razão do outro e apenas fortalecer a teia de luz que nos rodeia. Parar de perder tempo brigando, gritando contra o outro e começar a olhar em volta e agregar os iguais, somar com os semelhantes, dar as mãos aos que querem mudanças próximas as nossas e seguir em frente, formando uma poderosa “colcha” de corações e mãos vibrando luz.
Não dá mais para brincarmos de espiritualidade pregando evolução se continuar a caminharmos sobre as mesmas pegadas que marcam os erros de nossos antepassados. Aprender com os erros deles, mas, jamais repeti-los. Procurar trazer para o aqui e agora, apenas o que ajudou a crescer, não o que nos atrasou.
Não dá mais para tratarmos mulheres como se fossem seres menores. Não podemos esquecer que todos nós só podemos vir até este plano, através de um útero.
Não dá mais para tratarmos os homossexuais em todas as denominações, como aberrações. Não temos mais tempo para sermos tão pequenos.
Não dá para tratarmos irmãos que a cor de pele diferente da nossa, como “coisas”. Ou somos todos irmãos, ou não compreendemos a grandiosidade de Deus.
Não dá mais para passarmos por nossos irmãos em situação de rua e apenas ter julgamentos em nossos corações. Não dá para realizarmos encontros para arrecadarmos donativos, se ao encontrar com uma “criança de rua”, fechamos o vidro dos carros, com medo do que aquele ser possa nos fazer. Lembrem-se, a mesma mídia que nos faz acreditar que é a marca de nossas roupas que nos faz ter valor, alimenta ele nas esquinas onde ele consegue nas lojas, ver a TV que nutre as massas. Não é a vida que tem valor, é o que possuímos. Assim todos são ensinados. Todos. Mas para os que nada têm isso só mostra quão distante do valor eles estão.
Não dá mais para seguirmos fingindo que bandido é o que mora nas comunidades, apenas porque tem armas nas mãos. Há os que carregam uma caneta, e nos matam pouco a pouco diariamente, e nós batemos palmas e os chamamos alguns de “Mito”!
Não dá mais para negarmos quão exclusivos nos tornamos ou pensamos ser, cada vez mais com os “carros do ano”, passagem classe “A”, atendimentos “VIPs”, marcas caras, coisas e mais coisas que nos colocam sobre um trono, onde olhamos o mundo do alto e nos sentimos melhores, vamos as igrejas e tomamos hóstia, vamos aos cultos e fazemos as correntes, vamos aos centros tomar passes, evocamos espíritos, nos fazemos “canal de luz”, fazemos cursos, temos certificados, tomamos vinhos caros, mas não nos curvamos para sentir a dor alheia, não nos ajoelhamos para praticar escuta ativa, não estendemos as mãos para não nos contaminarmos com a miséria alheia. Temos a coragem de nos dizer seguidores ou aprendizes do “Mestre”!
Usamos máscaras todos os dias e damos palpite em tudo e opinamos na vida de todos. Gritamos oferecendo ajuda de todos os tipos, sob todas as denominações, mas esquecemos que enquanto não olharmos nossos irmãos olho no olho, reconhecendo a dor, honrando a história, abençoando sua jornada, nos colocando como instrumento da luz no caminho dele, sendo a ação divina naquele ser, não conseguiremos mudar o mundo.
Enquanto não prestarmos atenção no quanto nosso inconsciente ainda emana sua força e assim tecemos a realidade que temos visto acontecer, nada mudaremos. Estamos falando sobre igualdade, solidariedade, amor incondicional, acolhimento, cura, mas o mundo está mostrando que não estamos vibrando nessa freqüência. O universo devolve o que somos (coração) não o que queremos (mente). O mundo está nos devolvendo o que estamos emanando, precisamos botar atenção nisso. Botar atenção em NÓS.
Eu presto atenção em meu coração
Eu presto atenção no que eu estou vibrando
Eu vibro amor pelo planeta e por todos os Seres
Eu Sou amor pelo planeta e por todos os Seres
Eu vibro amor por todos os seres
Eu Sou o próprio planeta vibrando amor
Eu Sou cada Ser que recebe amor

Precisamos Despertar para essa responsabilidade pessoal sobre como está o planeta e ouvir seu grito de socorro.
Somente nós podemos restabelecer a Paz e a Harmonia sobre esse solo.
Restabelecendo o equilíbrio interno, pacificando a mente e adocicando o coração. Tendo um olhar “infantil” sobre todas as coisas, onde o encantamento da descoberta seja o grande aprendizado. Dando graças por cada momento vivido, escolha feita, abraço recebido e doado, encontro e desencontro. Dando graças por tudo o que “O meu” coração vibra e agradecendo o que vem do outro, compreendendo a máxima: “Cada Ser dá o que tem de melhor dentro de si”!
Doe o melhor de Ti.
Receba o melhor do Outro.
Seja nesse exato momento a escolha da luz, do amor.
Seja nesse exato momento a escolha de um caminho de igualdade e mãos dadas.
Seja nesse exato momento o desejo da unidade, união, cooperação e colaboção entre todos!
Seja essa ação.
Seja.
Não cobre do outro, Seja. O mesmo esforço que você faz para querer manter a guerra você faz parar declarar a paz!
O outro é um reflexo de nós mesmo!
Seja.

Rose Kareemi Ponce

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