Porque temos medo do silêncio?
Porque sofremos tanto com a solitude?
Ambas as perguntas tem apenas uma resposta: Porque temos medo de saber quem realmente somos.
Silêncio permite que nossa alma se comunique com nosso coração, trazendo aprendizados e crescimento espiritual, isso nos apavora profundamente.
Solitude nos traz o silêncio, conseqüentemente, estaremos nos conectando com nossa alma e coração.
Temos medo de crescer e assumir nosso “tamanho”. Temos medo porque somos ensinados o tempo todo sobre o ego, mas esquecem de nos dizer que ele além de nos fazer ver maiores do que somos, também nos faz menores, negando assim nosso tamanho e grandeza espiritual.
Temos medo de crescer e sair da nossa zona de conforto. Passamos a vida espremendo pedras para sanar nossa sede, mas não damos um passo sequer em direção ao rio. A correnteza nos assusta, porque nos ensina a fluir. Mostra-nos que não podemos ser contra ela, morreríamos afogados. Mas nos ensina que podemos usar todo sua potência a nosso favor, fazendo com que a correnteza nos leve, aos locais que precisamos ir. Fluir....na vida!
Temos medo da solitude porque somos ensinados que não podemos caminhar sós. Claro que a cooperação e a colaboração nos são absolutamente necessárias, porém saber caminhar sobre nossos próprios passos é o maior de todos os aprendizados. Solitude, não é solidão, é a capacidade de lidarmos com nós mesmos. Nosso silêncio, nossos barulhos, não depender emocionalmente de ninguém porque isso é uma forma de vampirização da energia do outro em benefício próprio, para tapar nossos buracos, medos, desejos.
Temos medo do silêncio, como temos medo do escuro. Há monstros dentro dele. Mas são nossos monstros e precisam ser encarados, acolhidos e colocados de volta em seus locais de origem, assim deixam de ser assustadores para simplesmente termos a consciência de que é parte de nós manifestada de forma inconsciente. Nossas sombras podem ser nossos maiores aliados, se conseguirmos olhar sem julgamento e dogmas para elas. Mesmo o medo, é um termômetro, mas jamais deve ser um agente paralisador porque pode nos ajudar a caminhar o caminho, com cautela e cuidado.
Quando começamos a olhar tudo isso de forma prática e tranqüila, buscando a harmonia, começamos a descobrir o véu que nos cega e então percebemos que a luz não guerreia, ela não briga, ela não quer controle, nem mesmo razão. A luz tem um único propósito: Ela ilumina. Pra isso ela avança sobre o medo não como quem vem dominá-lo, mas trazer-lhe calor de colo, assim ela passa por frestas, buracos, e chega onde tiver de chegar. Mas a luz jamais entra em combate. A luz é mensageira divina e só faz amar.
Quando entramos nessa senda, desse amor, em absoluto respeito e silêncio, porque o silêncio do cansaço das lutas se faz necessário, compreendemos que tanto a solitude, o silêncio e observação, são mestres para caminharmos efetivamente na jornada da Luz.
Saímos da roupagem de guerreiros, porque a luz não nos quer guerreando e a trocamos por peles nuas. Sem máscaras, adornos. Apenas Nós e a Luz. Apenas a Luz e Nós. Sem servos ou senhorios. Apenas aprendizes que estão realmente prontos, encontram seus professores que também são temporários, pois precisamos seguir o fluir do rio...e aprendemos o que precisamos para seguir jornada. Apenas isso.
O silêncio. A solitude.
Não querer mais ser guerreiro.
Entender que a luz não guerreia. Ela apenas É!
Quem guerreia, ainda caminha na penumbra!
Luz!
Sem medos.
Sendo quem viemos para ser. Sendo quem realmente somos.
Candeeiro de Luz na jornada de Todos!!
Rose Kareemi Ponce
(por gentilza, compartilhem no Facebook com os devidos créditos)
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