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17/09/2015





A ninguém dou o direito
De roubar meus sonhos
De tirar minhas penas
De não poder tocar minha maracá


A ninguém dou o direito
De silenciar meu canto
De proibir minha dança
De roubar minhas terras

A ninguém dou o direito
De secar meus rios
De matar meus peixes
De roubar minha casa

Nem à morte dou direitos
Pois ela levará apenas o corpo
Que cairá cansado no solo
De guerrear pela paz
Do meu sagrado povo

A ninguém dou o direito
Mas mesmo que for pelo esquerdo
O branco vai entender
Que as terras que ele rouba
Não será dele mas
Ele será da terra
Que o engolirá
Quando a morte o vier pegar
Sou GUARANI KAIOWA!

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