Fim de ano chegando e as reflexões chegam junto. As ponderações sobre nossa caminhada, nossas avaliações sobre o que somos como temos caminhado e o que tem nos trazido esse caminhar.
As perguntas: "Como posso melhorar isso" e "O que o amor faria nesse momento", sendo feitas a cada instante no coração.
Com o auxilio delicado e amoroso da sagrada medicina da floresta, do equilíbrio entre o masculino e feminino da chacrona e do jagube me descobri um pouco mais dos véus de Maia.
Hoje acordei com a necessidade de ser soprada feito rapé, só que em direção das estrelas. Quem sabe ser uma.
Temos vivido um tempo onde todos se julgam juízes e temos sempre uma palavra para destruir a vida do outro com nossos pré-conceitos. Estamos baixando tanto nossa vibração, densificando tanto nossas emoções que a luz não tem conseguido nos acessar, por escolha NOSSA.
Não quero mais fazer parte dessa orla que tem permitido baixar a guarda em função de uma opinião sobre esse ou aquele assunto.
Discutir política nesse agora tem se mostrado como mais um véu negro para distrair as pessoas de seus propósitos cobrindo assim o planeta com nossas mais densas emanações.
Tenho me desviado do Meu caminho me permitindo entrar nessa onda toda. Tenho me distraído de mim mesma e do meu contrato sagrado, tenho me permitido sair do meu centro, para ter razão em algo que nenhum de nós tem razão, porque são apenas opiniões sobre algo que nenhum de nós tem efetivamente ação sobre. Nossa maior ocupação deve ser de sermos melhores para nossos companheiros de jornada, não nos tornar piores com nossos dedos apontados e nossos julgamentos pesados sobre isso ou aquilo.
Tenho de ter cuidado com MEU caminhar. MINHAS ações, MEUS sentimentos e MEUS pensamentos. Todo o resto foge de mim, não me cabe e não me diz respeito.
Se eu consigo ser melhor comigo e consequentemente melhor para com o outro, esse é meu rezo, caso contrário, fujo da minha jornada que é Ser o amor que sinto em todos os instantes, principalmente nos mais difíceis, esse é o exercício da alma para crescer e evoluir.
Tenho sido abençoada por tantos olhares e abraços neste ano que finda que qualquer outro sentimento que não seja de gratidão profunda, seria no mínimo profano de minha parte.
Não quero mais entrar em conflitos externos por conta de nada...
Política, políticos, pessoas, situações, tudo é externo, tudo é fora. Se eu quero mudar algo, mudo eu mesma, dentro.
Se eu quero movimentar algo, movimento em mim mesmo, dentro.
Se eu quero iluminar algo, ilumino meus olhos para enxergar o belo, a partir de dentro.
Se eu quero que o mudo seja belo e pacifico, preciso ser bela e pacifica.
Se eu quero que o mundo seja justo, que a justiça se faça em mim.
Se eu quero que o mundo seja amoroso, que eu seja o amor desejado.
Se eu quero que o mundo tenha mãos estendidas, que eu estenda as minhas em direção ao meu irmão.
Se eu quero que o mundo seja luz, que haja luz em meu coração para que a partir de mim mesma, a luz se espalhe fora, sendo de alguma forma uma das guerreiras que iluminam caminhos, não quero espadas em minhas mãos que sirvam para cortar cabeças, isso não faria de mim melhor.
Estou indo para meu centro e a cada dia me vejo menos fazendo parte das ondas que chegam densamente, nos fechando para o que vem do alto.
Se querem se matar defendendo partidos, pessoas, instituições, façam, é o direito pessoal e intransferível de cada ser. A mim coube a decisão de não mais fazer parte disso, minha jornada é para despertar o amor nas pessoas, não me contaminar com o ódio alheio.
Daqui, do meu silêncio interno e do meu rezo digo:
Sou parte da luz que carrego em mim e que me coloquei a disposição para compartilhar portanto, não me envolvo mais com discussões vazias que fazem parte dos véus que nos cobrem a visão do amor de nossos semelhantes!
Me ver nesse emaranhado de fios negros, foi despertar.
Não quero mais, não preciso mais, não sou isso. Não vou me deixar abater pelo ego que tanto tenho desconstruído, quero alma leve e corpo flutuante nas ondas amorosas da paz!
A partir deste aqui e agora a Rose volta pro seu centro. Para sua alma e silencia a vóz para tudo o que não for amor e bênçãos aos meus irmãos.
Com as bençãos da Grande Mãe, sigo na luz, pela luz e para a luz!
Somos círculos dentro de círculos dentro de círculos, sem começo e sem fim.
Eu sou Rose Kareemi Ponce e falei
Somos breves!
Sejamos leves!
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