Quem somos nós sem os sonhos.
Quem somos nós sem nossos sobrenomes, que foram herdado e que nem sempre queremos ter em nós o peso que essa ancestralidade nos traz, sem perguntarem se queremos, porque não se encaixa em nossas jornadas pessoais, em nossos corações, não há identificação.
Quem somos nós sem as músicas, sem nossos ídolos e ilusões?
Quem somos nós sem tudo o que acreditamos que nos preenche e define quem somos, sem os títulos, postos e nomeações?
Estamos prontos para descobrirmos quem somos sem tudo o que pensamos?
Vivemos em um tempo de plástico. A fé paga com cartão de crédito. A vela acesa “online”, onde a chama nem existe, sequer aquece, quiçá ilumina!
Somos enganados diuturnamente que valemos quanto pesamos, em relógios, carros, marcas, barcos nos púlpitos de templos nada sacros, em empresas que nos enxergam apenas como “mais valia”, enquanto nossos sonhos e chamados de alma têm afogado as dores em novelas que mostram a “triste história real”, em telejornais que escorrem sangue rubro de vergonha e medo. Medo de ser quem somos e medo do que essa verdade pode nos trazer. As tais conseqüências que chegam por assumirmos nossa individuação.
Quem somos nós, sem toda essa construção que forma uma fortaleza ao nosso redor, onde não conseguimos nos ver sem a imagem do pai, do filho, da mãe, da religião, do medo, da tristeza, da ganância, das distrações, do ódio, das certezas, das mentiras e do nosso espírito nada santo. Amém.
Para saber quem somos, precisamos abandonar tudo o que pensamos sobre nós.
Para saber quem somos, precisamos aceitar que nada sabemos. Sairmos da auto-importância.
Estamos todos prontos para deixar de nos identificar com símbolos?
Estamos prontos para o vazio antes da plenitude?
Essa entrega é como mergulhar em um buraco negro. Apenas o essencial ficará!
Estamos prontos para ouvir nossa “vocação”, que vem do latim “vocare”, que significa “chamado” interno (alma)?
Nossas almas estão chamando para nos entregarmos a nossa vocação, mas para que isso aconteça precisamos nos livrar de quem pensamos ser (ego), e aceitarmos nossa essência (alma).
Precisamos começar o exercício de nos desconectar de tudo que nos rotula e limita para nos entregar a paz de apenas Ser. Sem nada que nos defina ou limite!
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