Lições ao entardecer!

Somos a caverna

Estamos com tanto medo e guardando tanta raiva que não nos defendemos, atacamos. Pensamos que o outro é nosso inimigo e como tal, precisa ser abatido primeiro e tornamos nossa vida um campo de batalhas.
Não quero te entender, porque só meu umbigo interessa. Mas exijo que você pense como eu.
Não ouço suas palavras porque elas são idiotas e estúpidas, assim como você. Classifico tudo e todos, claro que colocando como ponto de referência, meu ego, mas estou tão distraído que nem percebo quão enorme ele é.
Se você pensa diferente, está errado.
Se você se veste diferente, é brega.
Não sei de onde você veio. Não sei quais estradas você trilhou, não tenho idéia em quantas pedras no caminho você tropeçou, mas, tudo o que você me diz é idiota, porque não diz como eu.
Não sei quantos machucados você tem na alma, quantas feridas ainda em cicatrização são marcas em sua pele, mas eu atiro pedras.
Você está errado simplesmente porque você não é igual a mim e ao invés de apenas continuar meu caminho, me tornando melhor a cada dia e conseqüentemente sendo melhor com tudo e com todos, tornando assim a caminhada mais leve, sorridente, feliz, amena, pacifica, amorosa, compartilhada, eu prefiro ficar de olho no que você tem de errado, apontar seus pensamentos e ações erradas é minha função, porque tenho medo e preciso estar atenta a seus defeitos e apontá-los, para que eu bote luz nisso, quando poderia botar luz nas coisas boas que você tem, porque enquanto olho apenas para as coisas "ruins" SUAS, não olho para dentro de mim, não saio da minha zona de conforto, não enfrento a dor de saber, que EU preciso mudar, porque isso demanda sacudir coisas aqui dentro e ter coragem para enfrentar o medo do diferente.....
Tenho medo de você, porque você não é espelho.
E ter medo, é não ter respeito.
Só respeito a mim, meu umbigo e meu reflexo, todo o resto precisa ser eliminado ou mudado, para a minha imagem e semelhança, porque Tenho Medo!

Não sou sua inimiga
Não sou sua posse tampouco
Somos complementares
Seres aprendizes
Irmãos de jornada


Estou aqui para crescer
Estou aqui para crescer

Não estou contra você
Quero apenas estender a mãos
E pedir para seguirmos juntos
Na mesma direção
Com o mesmo sentir

Estou aqui para iluminar
Estou aqui para iluminar

Não quero machucar você
Nem por isso me machucar
Quero ser com você a mudança
Quero criar um novo mundo
Aonde você e eu possamos
Viver em paz!

Estou aqui para acrescentar
Estou aqui para acrescentar

Não quero mais violência
Não quero mais guerras
Entre nós quero apenas paz
Quero amor sendo verbo rapaz!

Estou aqui para pacificar
Estou aqui para pacificar

Juntos podemos tudo
Inclusive criar um lugar
onde as crias de nossos corpos
onde a luz de nossas almas
possam ser o que pregamos
que possam aprender a amar!

Estou aqui para Unir
Estou aqui para Re-Unir!

VEM.....

Bom dia!

Semana passada tivemos casos fortes de violência contra as mulheres, o que na verdade acontece TODOS OS DIAS, em TODO O PAÍS.
Mas o que me chamou a atenção em uma postagem que fiz no facebook, foram comentários feitos por uma mulher que ainda não percebeu que pensamentos iguais aos dela é que nos levam a ser vítimas de agressões tão desumanas.
Foram feitos os seguintes comentário sobre uma postagem falando da agressão de um ator famoso contra sua esposa e surpreendentemente seguiu-se: "ela não devia estar rezando", seguido por: "ninguém é agredido de graça", "ela deve ter feito algo", "Ninguém sabe se ela o agrediu primeiro, tem muita mulher que agride e depois que apanham se fazem de vítimas... e eu não estou do lado dele, só disse que tem-se que apurar os fatos antes de julgarmos", "Ele não esmagou o telefone no rosto dela, ele jogou o telefone. Leia outras reportagens... não o estou defendendo, mas eles estavam em uma discussão.. o povo aumenta a notícia para parecer que é "o fim da picada", etc....
O que me choca é ainda buscarmos "justificativas" para as agressões sejam elas quais sejam em qual nível for e contra quer que seja pois, ao abrirmos uma única brecha para justificarmos uma agressão, estaremos abrindo brechas para todas, contra idosos, mulheres, crianças, em suma, abrindo brechas.
Quando alguém agride, não agride porque foi "provocado", agride porque não tem controle, porque está em desequilíbrio, agride porque perdeu ou acha que perdeu seu "poder" sobre o outro. Porque toda forma de agressão está diretamente ligada ao poder.
Pessoas desequilibradas precisam ter poder sobre as outras pessoas, ou sobre seu objeto de desejo e/ou controle.
Um homem quando agride ele não está buscando nada, senão ter razão, ainda que pela força.
Um homem que estupra não quer sexo, quer ter domínio sobre o outro.
Um homem quando riga na rua não quer nada, senão marcar seu território enquanto macho.
Um policial ao agredir, quer mostrar seu poder.
Mas aqui não apenas falar de gênero, ainda que seja meu desejo, pois a violência em geral acontece por esse mesmo motivo: Poder e Controle.
Ao procurarmos uma justificativa para uma agressão, estamos desculpando, ou "tirando a culpa" do agressor e colocando sobre a vítima.
"Você apanhou porque fez alguma coisa pra merecer"
"Você foi estuprada porque usou roupas curtas"
"Você foi morta porque não se comportou como devia"!
Uma mulher quando procura responsabilidade na vitima sobre o ato, está passando um "pano", limpando a porcaria que o outro fez e acima de tudo está deixando de compreender e acolher a dor do outro, dizendo que ele é "co-responsável" pela agressão sofrida.
Mas para mim, o que ficou ainda mais indigesto é saber que a pessoa em questão é benzedeira, fez o Despertar. Me sinto diretamente atingida, porque é certeza de que não entendeu NADA.
Ser benzedeira é antes de tudo, ser CONTRA todo e qualquer tipo de violência, não importando qual seja e contra quem.
Ser benzedeira é acolhimento.
Se eu me coloco como benzedeira, estou me colocando em uma posição aonde tudo o que eu faço, falo, sinto e penso, deve estar em equilíbrio e tentar justificar qualquer tipo de agressão é estar em desequilíbrio, é procurar culpar quem não merece, quem sofre, para ocultar a real face da violência.
A vítima nunca tem culpa.
O agressor tem em suas estruturas psicológicas e em sua memória celular até, traços de agressões sofridas e muitas vezes reproduz o que aprendeu em sua infância: que "amor machuca", "que o poder é importante", "que subjugar o outro dá prazer"!
A vítima sofre.
A vítima muitas vezes, morre.
A vítima sente dor....
Uma mulher que justifica uma agressão dizendo que o outro de alguma forma "mereceu" ou "procurou", está abrindo brecha para ser uma possível vítima, está abrindo brechas para ser ferida e ver seu agressor buscar justificativas. Uma mulher que se posiciona assim não entendeu que existe sim agressão "de graça", simplesmente porque o cara chega em casa bêbado, drogado e ou simplesmente "enfezado" (cheio de fezes) e precisa descarregar seu ódio em alguém e muitas vezes quem "merece" é a esposa ou os filhos. E na maioria das vezes ela não vai embora porque tem medo de ser agredida novamente, porque há ameaças, há o "poder dominante da violência" que coloca a mulher em estado de pavor e alerta, por ela e por suas crias.
Enfim....quando uma mulher busca justificar uma agressão, somos estupradas todas, somos agredidas todas, somos xingadas todas, morremos todas.
Estamos condicionadas a acreditar que somos de alguma forma culpadas e precisamos nos desprogramar.
E quando uma benzedeira busca uma justificativa para uma agressão....o verbo se perde e a luz se faz sombra.
Simples assim.

Rose Kareemi Ponce

link com os números da violencia contra a mulher

http://www.compromissoeatitude.org.br/dados-nacionais-sobr…/

Quero falar um pouco sobre algumas mensagens dizendo que estou me distraindo de minha missão, ao falar tanto de política e de feminismo. Distraída do meu caminho espiritual.
Cara, na boa, onde começou essa separação entre aqui e lá?
Entre o espírito e o corpo?
Aonde começa o aqui e aonde termina o lá?
Desde quando saber o que acontece no mundo onde vive é estar distraído?
Isso inclusive vai para os "dirigentes de caminhadas espirituais". Posicionem-se.
Aterrar as energias não é estar fora do que acontece no solo da Grande Mãe.
Aterrar as energias é saber que SOMOS parte de tudo o que acontece.
SOMOS A TEIA, LEMBRA?
De que adianta participar de cerimônias espirituais, se ao colocar os pés na terra que nos sustenta, esquece do irmão que passa fome na rua, da mulher que foi estuprada na esquina, da criança sendo usada para satisfazer os mais sombrios desejos da carne?
Para que serve o tal conhecimento espiritual se não o utiliza para o crescimento de todos?
Aterrar as energias é saber-se parte deste mundão, deste plano que nos cabe estar e fazer a diferença AQUI E AGORA. Porque todo o resto se perde em palavras que voam ou queimam nas fogueiras sagradas, que de nada diferem das fogueiras inquisidoras, pois se não honrar uma alma que foi monstruosamente machucada e um corpo que foi abusivamente ferido, ela serve apenas para queimar as próprias sujeiras e "iluminar" o ego.
Estar distraído no caminho é não saber do que acontece ao seu redor, o que em uma aldeia, seja ela de tribos nativas brasileiras, norte americanas, na época dos egipcios, gregos, romanos, etc...não é aceito, pois nelas temos a consciencia do coletivo...acontece dentro de nós, se há uma morte, morremos um pouco junto, se há um estupro, somos estupradas em nossa dignidade IGUALMENTE. Somos responsáveis uns pelos outros. Isso é: "SOMOS TODOS UM"!
Estar distraído no caminho é não fazer parte das pontes que se formam para que outros atravessem para a luz.
Não sou sábia.
Não sou especialista de nada.
Como diz Wagner Borges e sou adepta dessa frase, "sou mestre de nada e discípula de coisa nenhuma", mas sou aprendiz sempre de todos os seres de luz que fazem parte do meu caminho e todos me ensinaram que não fazer nada, é ser conivente com o mal.
Não há mais muros, portanto, aterrar suas forças significa escolher.
De qual lado você está?
Luz ou sombras?
Dirigentes: Posicionem-se!
Muitas pessoas seguem vocês e nesse momento fazer a diferença, faz diferença!

Rose Kareemi Ponce

Pelo fim da Cultura do Estupro

Eu pessoalmente ainda não consegui escrever algo sobre.
Minhas palavras ficam engasgadas nas lágrimas que não caem e nas mãos quetremem.
Fico ainda atordoada em saber que existem homens que se permitem viver como demônios, porque mesmo os animais respeitam o tempo de cio das fêmeas, mas os demônios, esses são sombrios demais, são egóicos demais, são podres demais para respeitarem qualquer coisa que não seja seu umbigo, ou seu pau.
Fico triste de saber que mulheres também dizem que a menina pediu.
Pediu porque era drogada.
Pediu porque estava na rua.
Pediu porque tinha filhos muito nova.
Me enoja saber que seres que sairam de um útero, que nasceram de uma mulher, não tenham o menor entendimento sobre isso. A menor compaixão. O menor respeito que seja.
O silêncio dos outros me enoja ainda mais.
O silêncio dos homens que nada dizem ao ver um amigo mexendo com uma mulher na rua. O silêncio dos homens que adoram saber histórias das "novinhas" e suas "peripécias" sexuais.
Silêncio...
Não consigo conceber a idéia de que pais de "familia" tenham comportamentos assim.
Não consigo conceber o pensamento de pessoas que se dizem do bem, que frequentam seus templos aos fins de semana, que posam de "perfeitos", possam chegar a um nível tão baixo e que caminhem tão longe do que pregam. JULGAM o caminhar alheio sem saber aonde o sapato aperta e aonde dói mais...na alma!
Sou mulher e já sofri com assédios horrorosos.
Tenho 4 filhas e sei o que é defender as crias de homens babões que não se aguentam dentro de suas cuecas e mais ainda, não suportam nosso direito de DIZER NÃO!
Me enoja, me enjoa, me dá raiva.
Seu silêncio HOMEM "DE BEM" é tão mortal e nojento quanto a atitude dos TRINTA cruéis estupradores desta menina de 17 anos.
D E Z E S S E T E A N O S!!!!!!!
Se alguém neste mundo precisa sair do armário é VOCÊ, homem....do bem....porque do seu silêncio, nasce portais do inferno sob seus pés e meninas e mulheres caem nesse buraco.
Sem mais.


Rose Kareemi Ponce

No meio do mar havia uma onda
E ela trazia o perfume de Odoyá..
Trazia o balanço do mar
Trazia as flores
Trazia as cores
Trazia o sonho
Bailava a estrela
Senhora do sonhar..

O amor te pede rendição
Para que as asas se abram
Escorra o coração
Os medos saiam
Transborde a paz
E as borboletas voem...

Eu teço a vida através de mim
teço os sonhos
teço os vôos
teço a paz e o amor

Eu teço a história
que meus pés desenham
pelos campos que pisa

Eu teço a beleza
que meus olhos enxergam
pelos azuis do firmamento
pelo verde das folhas

Eu teço músicas
com o canto dos pássaros
com o riso de uma criança
com os sons das ondas
do mar encantado

Eu teço a luz
que guia minha jornada
que ilumina meu caminho
que faz brilhar o sol
que aquece minha alma

Tecer é meu destino
e com ele....vivo e me encanto!

Mãe,
.
Ajuda-me a manter a serenidade em momentos de tumulto.
Que eu não me entregue a ira alheia,
mas que me permita estar entregue a paz do meu coração, Sempre!
Ajuda-me a aquietar minha lingua para que eu nunca ofenda ninguém.
Ampara minhas turbulências, para que elas se transformem em calmaria.
Acolhe minha inquietude, para que eu me torne serena.
Banha-me em tuas águas, para que eu me limpe das minhas re-ações.
Queima no teu fogo sagrado todas minhas impurezas, assim caminharei leve por entre as sombras.
Que eu seja suave com todas as pessoas.
Que eu seja umas discípulas, hoje e sempre, aprendiz!
Que eu me curve sempre no respeito ao outro.
Que eu reverencie apenas o amor!

Que assim seja!
Que assim se faça
Assim É

imagem;. site de busca

Responsabilidade com o verbo!

Sabemos desde sempre que "do verbo fez-se a carne", mas compreendemos mesmo o que isso significa?
Isso não tem nada de religioso, ainda que pensem que seja e ainda que esteja escrito em livros sagrados.
Essa frase mais do que qualquer coisa nos mostra o caminho da mecânica quântica, ou de como somos co-responsáveis e co-criadores da matéria, ou dos acontecimentos.
Do verbo fez-se a carne nos mostra que nossas palavras criam a realidade que nos cerca, pois o verbo é o princípio da magia, do verbo cria-se a magia juntamente com o intento.
De nada adianta seguirmos uma religião, um caminho sagrado, se ainda nos permitimos utilizar o verbo para ofender, humilhar e maldizer alguém, mesmo que esse alguém pense, viva, se comporte de forma diferente da nossa, diferente daquilo que achamos ser o "correto". Não somos nada, nem ninguém para nos sentir tão auto importantes a ponto de pensarmos que nossa visão de mundo é a única verdadeira.
Verdade absoluta?
O mundo é feito de fragmentos da verdade e nem eu, nem você, somos detentores dela por completo, ao longo da nossa existência, vamos aprendendo a utilizá-las de acordo com nosso parco conhecimento e quando aprendemos a lidar acima de tudo com nosso ego.
Ao utilizarmos nosso verbo para ferir e humilhar nossos irmãos (não esqueçamos que é isso que pregamos com nosso verbo, ao falarmos sobre religião e espiritualidade, mas não é o que realmente fazemos), estamos criando um ambiente caótico e desrespeitoso.
Se queremos ser respeitados, que primeiramente possamos respeitar.
Se queremos ser amados, que possamos aprender a amar incondicionalmente, (INCONDICIONALMENTE significa: SEM CONDIÇÕES)
Eu te aceito, te respeito e te amo!
Precisamos começar a caminhar com nossas palavras e seguir a estrada que nossos pés pisam, com respeito a todos os seres que cruzamos no caminho.
Ter cuidado com o verbo pois, não servimos a dois senhores, ou seja, não servimos a luz e as sombras. Energia não é boa ou ruim, é apenas energia e, ao utilizarmos a nossa em frequencia baixa, estaremos atraindo frequecias iguais e/ou semelhantes.
O que você quer para sua vida?
Pergunte-se isso profundamente, mas uma parte da resposta é:
Teremos em nossa vida, aquilo que desejarmos para nossos IRMÃOS!
Simples assim!


Somos breves!
Sejamos leves!
E Verdadeiros!

Por todas nossas relações!
Metakiase.

Quando o universo quer que fixemos em nossa alma as lições do caminho, ele sabe como fazer!
No fim de semana do dia das mães, quatro diferentes pessoas me enviaram via whatsapp e inbox aqui no face uma pergunta sobre haver algum "feitiço", "magia" ou "simpatia" que pudesse melhorar ou transformar a relação entre elas e suas respectivas mães. Segue minha compreensão sobre o assunto. "Minha" visão.

Partindo do princípio que magia não começa na vela acesa, no ponto riscado ou cantado, mas no intento. De nada adianta a vela, se o intento ao acender não estiver firmado. Não serve de nada o ponto riscado, se não houver intento no ato. Tudo não passará de encenação, de teatro magístico.
Não flores, não há magia que possa resolver a relação entre mães e filhas senão o respeito, a aceitação da mãe como ela é, afinal de contas sendo ela como é, gerou, nutriu alma e corpo antes e após o nascimento, educou dentro do que ela tinha como limites pessoais para tal, mas o fez da melhor forma e com o coração.
A magia para melhorarmos nossa relação com nossas mães, passa pelo respeito, pela honra, pelo curvar-se perante àquela que nos nos deu o que temos de mais sagrado, nossa própria existência.
De nada adianta irmos a benzedeiras, conversarmos com caboclos, pretos velhos, xamãs, pajés, feiticeiras, se em nosso coração não há o real intento de nos tornarmos melhores e honrarmos aquela que veio antes de nós, caminhou a estrada antes de nossos pés tocarem o chão, escreveu o mapa com seus pés e mãos muitas vezes calejadas pelo trabalho e pelo coração cansado de doar amor da forma que ela consegue e pode e não receber nada em troca, nem mesmo o respeito em nossas atitudes e palavras!
Não existe a menor possibilidade de curarmos uma relação com nossa matriz, se em nosso coração habita o julgamento que nasce em nossa prepotência e arrogância de nos acharmos melhores e maiores do que aquelas que nos deram a vida.
Para curarmos essa relação, devemos nos curvar perante elas, pedir perdão e simplesmente amar aquela que nos amou quando éramos apenas uma semente, sem face, sem sexo, sem cheiro, sem nada. Éramos apenas um pulsar de vida, que dentro do ventre nos tornamos tesouro.
Se ela não foi o que esperávamos, foi o que podia, da melhor forma.
Se ela não nos deu o que queríamos, nos deu o que conseguiu.
Se ela não conseguiu nos criar, certamente nela habita uma dor lancinante, que corta seu coração todos os dias porque não deve ter sido fácil a decisão de nos doar. E isso também é um ato de amor e a que nos criou, merece todo nosso respeito e dignidade.
Não existe magia, senão a da humildade de nos reconhecer falhos, que cure essa relação e digo mais, aproveite sua mãe viva, olhe no fundo dos olhos dela e peça perdão. Por seu julgamento, sua prepotência e incapacidade de aceitar como é, aquela que só quer que sejamos melhores, para nós mesmos, para o mundo e acima de tudo, para ela!
Simples assim!
Não podemos falar em cuidarmos de tradição nenhuma, se não cuidamos da nossa matriz, da nossa tradição, de onde nós viemos. Não podemos falar em magia, se a magia do amor não acontecer em nós se a humildade não for nossa essência!
Ela pode não mais estar presente, quando sua consciência bater forte...e a dor...DOER MESMO!

Somos breves!
Sejamos leves!

Das verdades, me esvaziei de todas.
Das mentiras, me desfaço dos nós.
Dos amores, mergulho e aprendo.
Das lições, costuro a vida.
Faço teia, uno pontos...
Desperto, na luz que ilumina a alma.
Adormeço, nas águas correntes
Me purifico no amor
Após me desocupar da dor.....
Me lanço no abismo
na certeza do abrir as asas
da liberdade do Ser
Que nasce no azul
da alma que floresce!

Domingo é dia das Mães!
Aquela que nos deu o que temos de mais sagrado em nós, nossa existência!
Durante os dias de aprendizado na parteria, minha maior lição de vida inclusive, foi cair do meu trono de "merda", cheio de prepotência e orgulho, repleto de arrogância, onde eu apontei dedos, julguei, condenei e atirei nas prisões longe do amor incondicional, minha matriz, minha Mãe!
Nada, nenhuma palavra, nenhuma fagulha de sentimento, cabe nesse sentir, sem me levar ao meu questionamento interno.
- Quem sou eu para julgar, para apontar erros, para colocar-me como mais sábia do que aquela que me gerou e criou, aquela que caminhou o caminho antes de mim!
Quanta ignorância de minha parte.
Me curvo hoje, aquela me por apenas uma decisão, fez a diferença no meu caminhar. Ela disse sim, quando poderia ter dito não.
Ela disse sim à minha vida e isso me proporcionou estar aqui, escrevendo isso pra todos. Me proporcionou gerar minhas filhas, sonhar, realizar, viver!
Nenhuma lição nesses 50 anos me foi tão valiosa e tão dolorosa...nos limpar de anos de julgamentos e condicionamentos, dói...fisicamente. Dói intensamente. Dói....
Se você tiver sua mãe viva e ainda estiver nesse trono, desça enquanto é tempo, enquanto a dor da clareza pode ser mais calma, enquanto pode abraçar e pedir perdão.
Curve-se em sinal de honra e respeito!
Curve-se àquela que disse Sim à você, antes mesmo de saber quem você seria!
Curve-se, pois não há amor maior, ainda que repleto de defeitos. Afinal quem não os tem?
Me curvo hoje ao seu espírito, Mâe, e daqui peço perdão!
Me curvo Madrinha diante de sua alma e sou Grata por tanto aprendizado!

Somos breves!
Sejamos leves...e amorosos!

                              

O necessário instinto de olhar “a partir das sombras”!

Quando renegamos nossas sombras e nos queremos lapidar ao ponto de deixar de ter o instinto selvagem natural em nós mulheres, nos tornamos “presas fáceis”!
Quando olhamos o mundo desatentamente, sempre nos “ares da imaginação”, esquecemos de “ver” todo o que acontece em nossa volta. Nos tornamos caça em plena luz do dia, sem árvores, pedras ou cavernas onde possamos nos esconder.
Ao começarmos a fazer o caminho de volta, vamos nos dando conta de alguns instintos tão naturais e tão esquecidos por nós quando afastando e domamos nosso lado selvagem. Vamos nos apercebendo dos sons mais sutis, ainda que em meio ao caos, vamos nos dando conta de todos os movimentos, pois estamos atentas ao ar que se move, aos cheiros que chegam, a mudança de direção do vento. Tudo começa a se tornar um aliado, tudo faz parte de nós e, fazemos parte de tudo. Então percebemos que olhar por dentro de nossas sombras, observar o mundo através delas, nos faz invisíveis. Como um lobo, uma onça, que observa a floresta através da parte escura e dessa forma não são vistos, mas conseguem ver cada folha que cai e sentir os cheiros que mudam e trazem as notícias pelo ar....
Quando nos damos conta de como as sombras depois de conhecidas, reconhecidas e compreendidas são nossas aliadas, quando sabemos olhá-las de frente e percebê-las sem culpa, acolhendo cada faceta, cada reflexo deste “Black mirror”, o escuro deixa de esconder o bicho papão e a floresta deixa de ser tão assustadora. E então caminhamos nas sombras, sem nos misturar a elas, pois nosso ser se transforma em seu próprio candeeiro. Habita o divino em nós!
E esse sentir traz consigo a tão sonhada paz!
E essa paz é azul!
Azul como o infinito!
Infinito como a certeza de saber-se de volta pra casa!






Somos breves!


Sejamos leves!