A discípula perguntou à sua mestra:
- Mestra, porque sinto tanta saudade de casa? As vezes a noite me pego olhando as estrelas e chorando de saudades. Será que nasci lá?
A mestra olhando profundamente para aquela menina diz:
Onde você está?
A menina responde: Aqui na sua frente mestra.
Eu sei que você está aqui, mas você sabe?
Claro que sei mestre.
Então porque sente saudades de casa, aonde você mora?
Moro com a senhora mestra, mas sinto saudade de um lugar, que nem mesmo sei onde é, porque também sinto saudades da minha mãe, do meu pai, dos amigos e irmãos. Mas é diferente.
Você convive comigo, mas não deveria ser sua casa essa. Sua casa é muito particular e apenas sua. É onde você deve guardar seus melhores e mais belos sentimentos, suas mais belas lembranças.
Já sei, disse a discípula, minha casa é onde está meu coração?
Não filha, sua casa não é onde está seu coração. Aonde apontar seu coração é pra lá que deve seguir. Mas não é lá que estará sua casa.
Feche os olhos, respire fundo e deixe o ar entrar por sua narinas suavemente, como uma carícia divina a aconchegar seus pulmões e oxigenar suas células, sinta o silêncio. Sinta-o até poder ouvi-lo em você, dentro de você.
Agora ouça o tambor que vou tocar e sinta o som penetrando seu corpo, sua alma, seu espírito. Sinta-o até ouvi-lo dentro de você. Ai é sua casa.
Uma lagrima desceu dos olhos da discípula e ela então falou:
Entendi mestra!
Minha casa não está no coração.
Minha casa É o coração.
Isso mesmo disse a mestra. E ai você deve guardar apenas as coisas boas da vida. O sorriso de seus amigos, a lembrança do abraço de sua mãe e do olhar de seu pai. É no coração que as pessoas guardam tudo de melhor na vida, como os quadros e fotografias que enfeitam paredes das residências, as lembranças enfeitam paredes da nossa casa, porque ali habita também nossa alma, ali no coração é a casa e, quando sentimos saudade de algum lugar que não sabemos, é porque não estamos nos sentindo em casa, estamos fora de nós, fora de casa e ficamos depressivos, tristes e sem vida.
Onde não há coração, não há casa e onde não há casa, não há vida!
Permita-se entrar em sua própria casa, conhece-la, enfeitá-la com as melhores lembranças de você e de todas suas relações e assim, somente assim, quando conhecer Sua Casa, honrará todas as outras casas, pois terá a consciência de que lá, habita o sagrado de cada UM.
Por todas suas relações!
Por todas nossas relações!
Assim, a discípula levantou-se e sorriu. Sentiu-se em casa.

Sou sua cria
Nasci de tuas entranhas
Sou rio fluído, como as águas
De Seu Sagrado Ventre
Cresci em Sua terra
Fui semente e germinei
Me abençoou com raízes
Cresci e floresci
Me fiz vento em Seu canto
Voei por montanhas em Suas emoções
Seu ventre embalou com o som
Do coração batendo e me ninando
Seu espírito aqueceu minha alma
O fogo sagrado do amor se manifestou
E sua cria veio ao mundo
Para seguir sua jornada de paz.
Salve Maria abençoada
Que a todos traz à luz
Salve Mãe Sagrada
Com a vida nos conduz!

Estou aqui pensando sobre esse fim de ano, natal e toda essa parafernália que religiões e capitalismo inventam para nos tornar cada dia mais adormecidos dos nossos verdadeiros "eu" e de nossos verdadeiros contratos sagrados, nossa "missão" aqui neste planeta.

Natal significa a celebração do nascimento de Cristo, que sequer nasceu em dezembro, mas polêmicas a parte, quem de nós está realmente praticando o maior ensinamento deste mestre que é o "Amar ao próximo como a ti mesmo?" 

Quem de nós saiu do julgamento, da maledicência, da desunião e pode olhar-se no espelho e dizer: Eu posso celebrar a vida de Cristo, eu aprendi e pratico o que Ele nos ensinou? 

Quem de nós pode dizer que não comemora o Natal apenas pelos presentes, pelo excesso de álcool e comida que existe nas mesas, enquanto milhões de nós, HUMANOS, estamos lutando pelo direito básico a vida e a não ter fome? 

Quem de nós saiu da hipocrisia? 

Quem de nós tem ajudado, estendido as mãos, parado de criticar, julgar, falar mal, de tudo e todos? Quem de nós está vibrando no amor real? 

Cara, quem de nós está fora desse sistema? 

Cada vez que eu abro minha boca para falar mal do outro, estou mostrando quem EU sou. 

Cada vez que eu maltrato um semelhante, estou mostrando quem EU SOU. 

Cada vez que finjo não ver um irmão em situação de rua, estou mostrando quem EU sou. 

Cada vez que eu não faço NADA para ajudar quem quer que seja, estou mostrando quem EU sou. Cada vez que eu aponto dedos, estou mostrando quem EU sou. 

Cada vez que eu minto, estou mostrando quem EU sou. 

Cada vez que eu sou conivente com o mal, ainda pelo simples fato de não fazer nada, estou mostrando quem EU sou. 

O mundo tá bizarro né? Serei mais direta agora: NÓS ESTAMOS BIZARROS NÉ? 

Vontade de me levar pra Vênus..Lua.... 

Oh seu moço do disco voador, me leve com você pra onde você for..... 

Enquanto o EU não mudar...o MUNDO não vai mudar.... 

Há nossas mãos, em cada gota de sangue derramada, em cada boca faminta, em cada segregação, em cada mutilação, estupro, dor.....nenhum de nós está livre dessa responsabilidade. 

Quer o mundo livre? LiberteMOS o mundo da nossa maldade. 

MUDEMOS. 

Desabafo de fim de ano. Que tenhamos todos um natal e inicio de ano, mais CONSCIENTES DO QUE SOMOS E DO QUE QUEREMOS.

http://www.brasilpost.com.br/2016/12/14/aleppo-violencia-suicidio_n_13628776.html

Entrar em mim mesma até perder
a consciência do físico.
Deixar escorrer as mazelas marcadas
em minha alma até fluir todos os
sentimentos e encontrar o mar....
O sal que sustenta meus passos
purifica meu coração.
Não sou o que penso, apenas estou
temporariamente nesse estágio,
tudo em mim segue, percorre caminhos,
sobe montanhas, segue jornada,
até encontrar a essência, a matriz divina
que nunca esteve fora.
Mas todos os caminhos levam ao mesmo
ponto, e uma volta de 360º acaba...
pois sempre foi em mim, todas as respostas,
todas as perguntas, todas as fórmulas,
sempre esteve em mim!
E então descubro o véu...
E me vejo no espelho dos olhos do Grande
Mistério sendo eu, inteira, plena de mim mesma!
E daqui, do meu templo, não pretendo
mais sair.

E Ela veio me cobrindo de bênçãos
Seu véu depositado sobre meus ombros
A paz que tomou conta do coração
Fez de meu ventre, morada sagrada
Fez de mim templo de luz


E Ela assim se fez presente
Mostrando caminho florido
Perfumando jornada com rosas
Trazendo o pulsar de alma serena
Pulsando tambor dentro do peito

E Ela assim se mostra generosa
Em silêncio de palavras grita o nome
Da filha das estrelas que me guiará
Pelos futuros passos que darei
Julia, diz a Senhora
Bendito fruto de meu útero
Bendita semente do amor

E Ela assim de mansinho
Veio mostrando o carinho
Que me cobre e abençoa
Para eu aprender a cobrir e abençoar
A filha das estrelas que está a caminho....

Texto: Rose Kareemi Ponce
Foto: @vmlaurindo
Produção e make up: @nandamarie @fernandafalcaomakeup

Com Lohanny Carvalho

Que não percamos NUNCA o estado de encantamento!
Ele nos conecta com tudo o que tem de belo, puro, simples e singelo no mundo, ele nutre nossa criança sagrada.
Chega de olhar o mundo com dureza de corações fechados por portas de ferro.
O mundo precisa de olhares doces, mãos estendidas, corações abertos e abraços apertados!
O mundo precisa dos colos das mulheres sagradas!
O mundo precisa do nosso encantamento nutrindo outros encantamentos nos conectando aos seres encantados!
Amor e encantamento por favor!

Sinto que muitas de nós, mulheres que lidam com almas, assim defino as curandeiras e rezadeiras, estamos sendo chamadas para um momento de aquietação.
Todas nós temos sentido a necessidade do silêncio, da paz, da quietude, e de NADA fazermos, mas nosso condicionamento social é de que não fazermos nada é ser improdutivas e isso não e positivo e, não nos permitimos ouvir nossa vóz interior. Temos deixado de lado nossa intuição, nosso Ser, simplesmente porque queremos estar dentro das regras e condições sociais, porque é mais simples e fácil do que ouvir o corpo que grita pelo sossego e a alma que anseia pelo silencio interior.
Queremos sair da caixa mas continuamos a pensar dentro dela, fechadas em conceitos pré construídos a partir da terceira dimensão e isso vira prisão em nós, onde nós mesmas estamos acorrentadas.
Somos levadas dia após dia a nosso caos interno, mergulhando nas tais sombras.
Sinto que isso tem nos machucado fisicamente  pois nos negamos a ver a luz que SOMOS.
Sinto que a Grande Mãe nos grita através do silêncio das vozes: "Parem filhas e me permitam falar com vocês no silêncio de suas linguas cansadas e de seus ouvidos aflitos por boas novas"!
Sinto que nós, as Guerreiras de Maria temos TODAS ouvido esse chamado e muitas de nós na teimosia de quem não quer ouvir acaba com a coluna machucada, os pés machucados, os dentes quebrados....toda nossa parte dura e o que nos sustenta de algum modo está sendo parado, para que nós possamos nos organizar, resguardar forças para a nossa Grande Missão, que ainda está por vir.
Precisamos abandonar nossas máscaras. Nossas certezas. Nossos ideais.
Precisamos abandonar o que pensamos de nós e do mundo.
Precisamos deixar as hipocrisias de lado e caminharmos e sermos LUZ.
O que significa Ser e caminhar Luz?
Significa pensar como se sente, sentir como se fala e falar como se caminha.
Significa parar de xingar políticos de corrupto, parar de olhar se a vizinha está vestida assim ou assado, se o irmãos pensa cozido e frito, se o mundo está do lado de lá ou de cá. Significa ser a mudança e parar de falar demais.
Estamos TODOS falando demais e nunca fazendo uma auto-análise verdadeira. Afinal o mundo precisa mudar, não eu.
Estamos todos olhando pra fora, brigando com o mundo e não fazendo a parte que nos cabe. Estamos vivendo um mundo umbigo.
Sinto que a Mãe tem querido nos mostrar caminhos, mas em nossa prepotência e arrogância, nos negamos a caminhar, porque EU preciso ter razão e quero que o MUNDO mude, mas eu não saio do meu lugar comum, do meu cômodo e confortável trono de merda.
Estamos todas sendo chamadas ao AMOR. Precisamos sair de nossos casulos e permitir que nossas asas se abram para que possamos chegar cada vez mais longe, sendo semeadoras e tecedeiras dessa luz que tem tentado nos guiar, saindo assim dessa vidinha de julgamentos, palavras vazias e mentiras sobre nós mesmos.
Estamos sendo chamadas para o exercício do amor real e possível.
Estamos sendo chamadas ao amor incondicional, aqui e agora.
Estamos sendo chamadas para o maior embate de todos, o embate sem espadas, mas com rosas nas mãos, perfumando o caminho dos irmãos.
Enquanto não nos dermos conta que mentiras, guerras, falsas promessas, etc. só nos tira de nossos propósitos maiores, nada mudará.
E não está fora. Não é o outro.
SEMPRE É SOBRE NÓS.
Sinto verdadeira e profundamente que não estamos atentos, ainda temos expectativas e com isso decepções, ainda estamos na jornada olhando as pegadas alheias, sem prestar atenção em nossos pés, nas pedras do caminho e quando tropeçamos, ainda nos sentimos no direito de chutar, sem perceber que só tropeçamos porque estamos distraídos de nós mesmas.
A Grande Mãe nos pede ajuda, nos pede para estarmos presentes, estarmos atentos, estarmos em sintonia.
A Grande Mãe nos pede ENTREGA e nessa entrega que possamos aprender a fluir e chegar aonde nos comprometemos estar quando Ela necessitasse de nós. Chegou esse momento. Ela nos grita e pede para que nos resguardemos pois já que seremos chamadas. Já que receberemos nossas ordens, nossas missões e então, se tivermos nos guardado, teremos força e proteção para seguir jornada rumo a grande transformação.
Não...isso não é religioso, isso é vida acontecendo, enquanto o povo se distrai brigando pra ver quem tem mais razão, em um mundo de adormecidos.
A Mãe, certamente nos chamará. E você estará pronta? Estará desperta? Estará na entrega?

Somos filhas de Maria

Fim de ano chegando e as reflexões chegam junto. As ponderações sobre nossa caminhada, nossas avaliações sobre o que somos como temos caminhado e o que tem nos trazido esse caminhar.
As perguntas: "Como posso melhorar isso" e "O que o amor faria nesse momento", sendo feitas a cada instante no coração.
Com o auxilio delicado e amoroso da sagrada medicina da floresta, do equilíbrio entre o masculino e feminino da chacrona e do jagube me descobri um pouco mais dos véus de Maia.
Hoje acordei com a necessidade de ser soprada feito rapé, só que em direção das estrelas. Quem sabe ser uma.
Temos vivido um tempo onde todos se julgam juízes e temos sempre uma palavra para destruir a vida do outro com nossos pré-conceitos. Estamos baixando tanto nossa vibração, densificando tanto nossas emoções que a luz não tem conseguido nos acessar, por escolha NOSSA.
Não quero mais fazer parte dessa orla que tem permitido baixar a guarda em função de uma opinião sobre esse ou aquele assunto.
Discutir política nesse agora tem se mostrado como mais um véu negro para distrair as pessoas de seus propósitos cobrindo assim o planeta com nossas mais densas emanações.
Tenho me desviado do Meu caminho me permitindo entrar nessa onda toda. Tenho me distraído de mim mesma e do meu contrato sagrado, tenho me permitido sair do meu centro, para ter razão em algo que nenhum de nós tem razão, porque são apenas opiniões sobre algo que nenhum de nós tem efetivamente ação sobre. Nossa maior ocupação deve ser de sermos melhores para nossos companheiros de jornada, não nos tornar piores com nossos dedos apontados e nossos julgamentos pesados sobre isso ou aquilo.
Tenho de ter cuidado com MEU caminhar. MINHAS ações, MEUS sentimentos e MEUS pensamentos. Todo o resto foge de mim, não me cabe e não me diz respeito.
Se eu consigo ser melhor comigo e consequentemente melhor para com o outro, esse é meu rezo, caso contrário, fujo da minha jornada que é Ser o amor que sinto em todos os instantes, principalmente nos mais difíceis, esse é o exercício da alma para crescer e evoluir.
Tenho sido abençoada por tantos olhares e abraços neste ano que finda que qualquer outro sentimento que não seja de gratidão profunda, seria no mínimo profano de minha parte.
Não quero mais entrar em conflitos externos por conta de nada...
Política, políticos, pessoas, situações, tudo é externo, tudo é fora. Se eu quero mudar algo, mudo eu mesma, dentro.
Se eu quero movimentar algo, movimento em mim mesmo, dentro.
Se eu quero iluminar algo, ilumino meus olhos para enxergar o belo, a partir de dentro.
Se eu quero que o mudo seja belo e pacifico, preciso ser bela e pacifica.
Se eu quero que o mundo seja justo, que a justiça se faça em mim.
Se eu quero que o mundo seja amoroso, que eu seja o amor desejado.
Se eu quero que o mundo tenha mãos estendidas, que eu estenda as minhas em direção ao meu irmão.
Se eu quero que o mundo seja luz, que haja luz em meu coração para que a partir de mim mesma, a luz se espalhe fora, sendo de alguma forma uma das guerreiras que iluminam caminhos, não quero espadas em minhas mãos que sirvam para cortar cabeças, isso não faria de mim melhor.
Estou indo para meu centro e a cada dia me vejo menos fazendo parte das ondas que chegam densamente, nos fechando para o que vem do alto.
Se querem se matar defendendo partidos, pessoas, instituições, façam, é o direito pessoal e intransferível de cada ser. A mim coube a decisão de não mais fazer parte disso, minha jornada é para despertar o amor nas pessoas, não me contaminar com o ódio alheio.
Daqui, do meu silêncio interno e do meu rezo digo:
Sou parte da luz que carrego em mim e que me coloquei a disposição para compartilhar portanto, não me envolvo mais com discussões vazias que fazem parte dos véus que nos cobrem a visão do amor de nossos semelhantes!
Me ver nesse emaranhado de fios negros, foi despertar.
Não quero mais, não preciso mais, não sou isso. Não vou me deixar abater pelo ego que tanto tenho desconstruído, quero alma leve e corpo flutuante nas ondas amorosas da paz!
A partir deste aqui e agora a Rose volta pro seu centro. Para sua alma e silencia a vóz para tudo o que não for amor e bênçãos aos meus irmãos.
Com as bençãos da Grande Mãe, sigo na luz, pela luz e para a luz!
Somos círculos dentro de círculos dentro de círculos, sem começo e sem fim.

Eu sou Rose Kareemi Ponce e falei

Somos breves!
Sejamos leves!