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23/04/2012

Abençoado Templo do Corpo Feminino


Abençôado modo feminino de ser...
Sagrada mulher...
Que possamos sentir o amor e o prazer divino oceânica
Que possamos encontrar a nossa luz e nossa sombra
Que possamos ser inteiras
Que possamos perdoar a nós mesmos e os outros
Que o nosso desejo manifesto esforço
Podemos saber a nossa respiração como o conforto
Que possamos aceitar o que nós criamos
Que possamos cultivar nossos próprios sonhos
Que possamos nos lembrar de encher nossa taça
e dar somente quando estamos transbordando
Que possamos sonhar grandes sonhos
Que possamos encontrar doçura e bondade como poderoso remédio
Vivamos em casa dentro de nós mesmos
Que possamos estar em paz
aqui e agora onde estamos
Que possamos aprender com nossos ciclos e estações.
Que possamos abraçar o que é verdade.
Que possamos encontrar coragem.
Que possamos liberar o que não nos serve mais.
Que o nosso coração seja livre. Que o nosso amor fluia generosamente.
Que possamos dançar a maneira que nós queremos.
Que possamos cantar as nossas próprias canções, e escrever nossas próprias histórias.
Que possamos ser valorizados e impulsionados por nossas visões.
Que o fluxo divino através de nós para que este mundo é um lugar mais bonito.
Nós todos temos um dom de dar, ajudar-nos a dar-lhe livremente.
abençoe deusa divina sagrado.
Eu amo você, eu acredito em você e estou aqui para você.
Deixa respirar profundamente e exalem completamente.
Vamos dançar.
Vamos ser ainda.
Deixa fluir e crescer.
Deixar ir, nós fluxo
Sabemos
Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft

21/04/2012

A mulher de vestido

Que me perdoem as feministas: ser feminina é fundamental. Ser feminina é deixar os cabelos longos soltos ao sabor do vento, para que por entre eles sopre desautorizadamente, ardendo os homens de inveja pelo entrelaçamento envolvente. Ser feminina é sorrir com os lábios pintados de batom beijado narcisisticamente na frente do espelho, num belo ritual de ajuste e preparação para o mundo. Ser feminina é sorrir com os mesmos lábios de batom, agora desbotados por outros em beijos autorizados ou roubados, permitidos ou proibidos, reais ou imaginários. Ser feminina é realçar pela pintura leve e pelos adereços da boa vaidade a perfeição natural da mulher, que a coloca sempre em destaque, fazendo menor até mesmo a admirável arte de um Miró ou um de Botero.

Ser feminina é dizer sem pronunciar. É gritar silente e silenciar em voz alta. Ser feminina é significar por múltiplas linguagens: olhares, sorrisos, abraços, lábios, pernas. Ser feminina é dar vazão a um flerte que surge do nada, sem razão de ser, numa improbabilidade levada a efeito por um bem-humorado destino, que por puro diletantismo cruza na geografia dos fatos a estrada da mulher no caminho do homem e vice-versa. Ser feminina é constatar sem culpas que a vida chega e não pede licença. Apenas chega, entra, senta à mesa, compartilha o pão da ceia e dorme no sofá.

Ser feminina é pensar como mulher. Desimitar os homens com seus dispensáveis modelos, seus inúteis paradigmas, seus inservíveis padrões. É usar o sexto sentido para escolher o caminho, valendo-se da intuição, esse toque de gênio de Deus em seu retoque final no mais gracioso dos seres. Ser feminina é jurar juras e chorar lágrimas de amor; é reclamar quando não compreender seus porquês e quando vir ignorados os seus mais íntimos desejos, as suas menores – mas não menos importantes – aspirações da vida a dois, eternas ou efêmeras. Mas ser feminina é também suspirar de exultação e plenitude quando o que agrada e deseja bate à sua porta sem avisar, convidando-a a reviver seus sonhos construídos na infância dos contos. Suas quimeras antigas, falsamente escondidas pela adulteza que veio, despertarão levemente como a bela adormecida, desde que se gire a chave certa no momento perfeito, abrindo a porta de um mundo novo de faz-de-conta real.

Ser feminina é ser racional e passional. Racional com as responsabilidades; passional com as irresponsabilidades. É, vez por outra, trancar a madre em si na masmorra mais alta da torre mais alta do monte mais alto que existe e jogar a chave fora, no fosso mais fundo dos jacarés mais violentos, de onde ninguém ousará tentar regatá-la. Ser feminina é acorrentar a mulher de limites e alforriar a louca do calabouço, habitante de seus secretos e inenarráveis desejos, quereres e tentações. A louca na mulher feminina anseia sair por aí, conhecer novos campos, sentir novos cheiros, viver nova vida, gozar novos prazeres, singrando novos mares como se fosse uma nau desprendida da fragata dos audazes navegadores do Séc. XVI. Madre e louca: o chaveamento da dualidade constitutiva da mulher é o segredo mais bem guardado do universo. Todos os homens o almejam, raros felizes sucedem em encontrá-lo, raríssimos sábios o guardam para si. Para a mulher, diferentemente do que se diz, saber guardar segredo é exercitar a feminilidade, aquilo que sempre será só seu e de mais ninguém. Para o homem sábio, guardar segredo é viver a sua porção mulher, quase sempre resguardada numa subutilização de uma fantástica ferramenta de compreensão de mundo, de condução da vida. Guardar segredo é ser mulher.

Ser feminina é ser menina com o Sol e mulher com a Lua. É morder os lábios nos abraços espremidos. De dia, os seus. À noite, os nossos. É, vez por outra, trocar o dia pela noite. Ser feminina é vitimar o homem com seu imbatível exército de desejo e, ao mesmo tempo em que conquista, se deixar seduzir e ser invadida pelo homem eleito, numa batalha incomum em que ganham os dois lados. Ser feminina é varrer o rosto masculino com seus cabelos em movimentos, imitando as ondas do mar, no vai e vem ritmado de corpos transpirantes. Ser feminina é, com os mesmos cabelos que os ventos beijam, sufocar deliberadamente a face masculina, causando inveja ao próprio vento e ao mundo, se eles, pobres ignorantes, pudessem saber que um dia que a cena existiu.

Ser feminina é não ter medo do prazer. Seja o de uma casquinha de chocolate gelado derretendo na mão ou o de um corpo suado derretendo na cama. Seja o de um toque comportado à luz do dia com mil testemunhas ou o de um roçar atrevido ao testemunho somente da meia-luz e do querer mútuo. Ser feminina é cantar. Cantar no chuveiro, no carro, no banho, no amor. É fazer do som que sai de sua boca a trilha sonora de seus momentos, numa alegria escandalosa de deliciosos suspiros cadenciados, regidos pelos movimentos não das mãos de um maestro, mas de corpos bailarinos do mais belo dos balés da natureza. Ser feminina é amar ao som das Bachianas de Villa-Lobos. Viajar com elas à placidez do encontro consigo, oferecida pelo momento da presença do seu escolhido aconchegado no calor de seu corpo.

Ser feminina é usar vestidos. A mulher num vestido mostra ao mundo seu estado mais feminino, depois, claro, do seu estado natural. São nos vestidos que as mulheres autenticam sua feminilidade, por isso os escolhem com capricho em ocasiões especiais. Nada contra jeans e blusas brancas com mangas ou com alças de laços. Mas quando se veste num vestido, a mulher transborda feminilidade, encharcando os olhos dos homens de uma querência vulcânica. Ser feminina é vestir um vestido florido, daqueles cujos panos que acortinam seu corpo dançam ao sopro do ar, nele deixando uma pergunta intrigante: onde terminam as flores e onde começa a mulher? Saber trajar um vestido é uma arte da feminilidade; saber despi-lo, uma arte da masculinidade. Conjugar o encadeamento das duas coisas é uma arte do destino atilado.

Foi uma mulher num vestido a inspiração desse texto. Ela inspirou outras coisas não ditas, interditas e interditadas. Pobres dos homens que não enxergam o sublime na mulher de vestido e que ignoram, por inocência ou incapacidade, seu poder transformador sobre nós.



S.



Sérgio Augusto Freire de Souza
NÃO, NÃO ERAM "PROSTITUTAS SAGRADAS",
MAS MULHERES CONSAGRADAS!

A Espiritualidade, em geral e como vimos no texto em baixo, mesmo abordada por um autor de grande integridade, pode falar da Deusa como Nossa Senhora quando muito, Maria, a Mãe imaculada…e Maria Madalena como prostituta…arrependida, mas esse aspecto do feminino cindido é-lhes ainda alheio...Eles não conseguem perceber essa cisão da mulher em duas e quase todos eles vêm a prostituição como uma realidade necessária e endémica – e é-o, ao sistema falocrático e patriarcal e não a natureza da mulher - nem perceber que aconteceu uma disfunção do ser mulher inteira ao separar-se a maternidade da sexualidade e portanto isso continua um certo tabu. Inclusive continuam a falar da "Prostitutas Sagradas" referindo-se erroneamente às sacerdotisas da Deusa Mãe que na antiguidade eram servas da Deusa e estavam ao seu serviço e não se vendiam, sendo as iniciadoras do homem ao amor terreno e divino, cumprindo uma função também sagrada, sendo uma dádiva da Deusa aos homens e não um comércio como hoje nos querem fazer crer a partir de uma visão deturpada pelo catolicismo e a mentalidade preconceituosa e misógina contra a sexualidade e as mulheres dentro da Igreja de Roma e outras religiões como a muçulmana.

Nessa antiguidade remota e tão mal compreendida, talvez matriarcal, ou pelo menos em que a função do feminino da deusa eram DIGNIFICADAS, as jovens das classes mais elevadas e não só, depois de aprenderem elas mesmas com as outras sacerdotisas mais velhas as artes de amar, cumpriam um tempo de serviço nos templos para serem iniciadoras dos homens ao amor da Deusa e da ligação da Terra ao Cosmos, para que estes tivessem em si a consciência da sua manifestação plena. Os homens por sua vez deveriam fazer uma OFERENDA AO TEMPLO em sinal de retribuição á Deusa, uma oferta simbólica, e não como uma forma de pagamento à mulher e ao Templo.

Houve mais tarde um aproveitamento por parte do sistema patriarcal, corrompendo a tradição milenar, que se aproveitaram dessas mulheres e templos, como na Índia, com as invasões arianas, e começou por todo o mundo a haver lugares de prostituição chamados lupanares ou bordeis nos nossos dias. Aconteceu também no Japão e na China com as gueixas etc. e consequentemente a subordinação e exploração sexual das mulheres começou aí, não sendo mais uma oferenda à Deusa, mas uma venda aos homens.

Assim muitas vezes, e nos nossos dias, há autores que associam essa adoração da Deusa, e iniciação ao seu amor, à prostituição em que os próprios padres e proxenetas tornaram o sexo profano e a mulher promíscua e pecadora, impedida de falar nas igrejas e proibidas de entrar nelas quando menstruadas. Eles falam referindo-se a Maria Madalena e a essas sacerdotisas como prostitutas sagradas - sem perceber esse paradoxo e esse dano feito à mulher...porque o seu ponto de vista é sempre masculino e de acordo com a sua necessidade...eles homens vêm a prostituição como uma forma natural de o homem não iniciado, neste caso, poder ter relações sexuais primárias, ou de satisfazer necessidades básicas, sem perceber que a mulher está a ser usada pela sua compulsão...sim, eles nunca vêm a Mulher total...continuam a dividir a mulher em esposa e amiga e santa...companheira etc., e a “outra” que sempre a puta é uma...necessidade ao serviço das pulsões sexuais do masculino e não do feminino. A mulher nunca foi para aí chamada. O seu prazer nunca esteve em causa. Isso eles não vêm...mesmo os mais bem-intencionados!

Cabe a nós mulheres esclarecê-los e ao mesmo tempo trabalhar pela nossa integridade, pela união das duas mulheres…que é e sempre foi uma só.

Gostaria só de acrescentar que o Serviço das mulheres nos Templos da Deusa como sacerdotisas do Amor e da Vida seria sem dúvida um muito mais elevado, muito mais digno e dignificante serviço à Humanidade do que fazer Serviço Militar e aprender a matar o próximo…e o inimigo, em vez de amar a Terra e a Mulher como igual…E essa é a diferença fundamental entre matriarcado e patriarcado… As mulheres vertem o sangue da vida, os homens vertem o sangue da morte… Os homens ensinam os homens a matar e as mulheres ensinam os homens a amar.
Esta divisão milenar mantem o mundo em guerra. A elevação do feminino e a união dos dois hemisférios beneficiará a Humanidade inteira, mas para isso a mulher tem de ter consciência da sua cisão interna.

http://rosaleonor.blogspot.com.br/

19/04/2012

Sangue, Pulso de Vida!

Sangue da vida,
Com a lua crescente meu corpo o faz.
Sangue da vida,
Com minguante a terra o cultiva.
O tempo veio para mulher abandonar sua vergonha.
O sangue que derramamos é sagrado, uma honra que restaura.
Celebremos nosso dom, o poder para criar
O milagre de amor da vida humana foi consumado.

Sangue da vida,
Com a lua crescente meu corpo o faz.
Sangue da vida,
Com minguante a terra o cultiva.

Sangue da vida,
Sangue de Sabedoria, como os anciões o chamam.
Sangue da vida,
Presente Sagrado, vamos celebrá-lo.

Honre seu ritmo, siga o fluxo.
Ame sua criação, aprenda a deixar ir.
Honre a noite escura, honre o dia, honre seu corpo, ele conhece os caminhos.

Nosso tempo de sangrar cura, é tempo de deixar ir, relaxando no feminino, seguindo com o fluxo.
Não há nenhuma necessidade para compreender como a noite se
transforma em dia.
A alquimia está dentro de você, seu corpo conhece os caminhos.

Eu sou mulher, mulher que flui com a lua,
Mulher que sangra para vida.
Eu honro meu sangue.
Eu sou a mulher sagrada.
Eu sou a mulher que muda.

18/04/2012

Murar o Medo

Magia é a arte sagrada que qualquer ser humano pode fazer -porque todos já fazemos mesmo sem saber- de manipular os fluidos vitais que nos envolvem, por meio da ação focada do pensamento, com objetivos específicos. Não podemos mistificar ou mitificar o termo magia, precisamos de conhecimento e esclarecimento.



Ainda notamos muito preconceito quando o assunto em questão é magia. Infelizmente, esse preconceito é fruto da ignorância de muitos, já que todos somos magos, todos fazemos magia; entretanto, se a magia é negra ou divina (branca), tudo dependerá do universo moral e do teor da intenção do mago.


Um ritual de magia consiste em unir elementos naturais, símbolos e toda forma de intermediários que proporcionem condições de elaborar melhor as qualidades, os objetivos e o direcionamento da magia para um determinado fim.


O QUE NÃO DEVEMOS FAZER EM MAGIA?


1- Jamais faça um ritual de magia se você não estiver em pleno equilíbrio emocional e com a mente em um estado de serenidade. O seu padrão mental e emocional é o motor que dá vida a magia.


2- Não transfira a execução do ritual de magia para ninguém. Se é você a pessoa interessada em um determinado objetivo, então, faça você mesmo o ritual. Não pague para ninguém fazer, não terceirize o processo. Se você quer algo, então, é você quem tem que fazer tudo.


3- Não seja inocente, as leis naturais são perfeitas, inteligentes e nunca falham, portanto, se você tiver como objetivo uma meta que afetará negativamente a vida de uma ou mais pessoas, tenha certeza que a cada ação existe uma reação com mesma intensidade e sentido contrário. Se o seu ritual de magia fizer mal para alguma coisa ou alguém, essa energia negativa voltará para você em não mais de 90 dias.


4- Nunca considere que a solução dos seus problemas está na magia. Os rituais são processos que potencializam as suas atitudes, as suas características intrínsecas e o seu padrão vibratório sobre a sua vida e as suas metas, portanto, não existe milagre. Magia é apenas a arte de manipular fluidos vitais para fortalecer aquilo que você já é e merece continuar sendo.


5- Você jamais precisa utilizar sacrifício de animais para realizar seus rituais. Isso não é magia, mas feitiçaria de baixo calão, nociva ao mago e a tudo que esteja ao seu redor. Esses processos são realizados por pessoas ainda muito distanciadas de conhecimentos universais e certamente associadas a espíritos muito primitivos e atrasados no contexto da evolução espiritual.


QUANDO PODEMOS USAR MAGIA?


Sempre que você respeitar a regra máxima de não fazer para o outro o que não gostaria que lhe fizessem, bem como amar ao próximo como você deve se amar.


A magia é a arte sagrada de potencializar as energias ao redor de um objetivo. Ela fortalece e vitaliza o merecimento que o mago tem sobre determinado aspecto. Se você está em equilíbrio com as leis naturais e está fazendo a sua parte na vida prática para conquistar o que quer, então fique à vontade para fazer um ritual de magia que aumente as suas chances de conquistar logo o que deseja. Não se iluda, o milagre é você quem faz e a magia apenas ajuda que esse milagre aconteça um pouco mais rápido do que se fosse naturalmente.
O ÚTERO E A RODA SAGRADA

“TE DIGO ESSAS COISAS PARA QUE AS SAIBAS.
TOMA O QUE PODES USAR DELAS E DEISE O
RESTO PARA TRÁS”.
MAMA JULIA FARAN - CURNDEIRA PERUANA


Muito a Medicina tem estudado sobre a função uterina, mas somente segundo o lado anátomo-fisiológico, ficando ignorado totalmente o lado energético. Toda conduta feminina tem tido como base a natureza anatômica e fisiológica, especialmente de nível genital em geral e do útero em particular, quando não deveria ser negligenciado o lado físico energético, que, em verdade é mais importante porque na maioria das vezes é esse lado a causa básica dos problemas, não só ginecológico, mas também gerais e psíquicos.

Quando a mulher aceita seu corpo, quando ela considera o ciclo menstrual como sagrado, e o útero como o ninho da vida, esse órgão jamais endurece (tumores). Não são apenas toxinas que são eliminadas através do fluxo menstrual, mas também o conteúdo de registros de distintos estados emocionais que aderem às células uterinas.



Anteriormente citamos o útero como sendo o segundo órgão mais importante órgão no tocante aos registros celulares. Depois do cérebro, ele é o de maior capacidade de registro, muito embora isso somente seja conhecido dos xamães, e das pessoas que lidam com a energia sutil. As células nervosas têm função de comando, as do útero não o têm, mas, por outro lado, em termos de registro, elas são tão, ou mais efetivas que as nervosas .

A função de registro uterino é desconhecida pela ciência, mas nem por isso deixa de ser verdade. É nesse patamar que se efetiva grande parte do trabalho das “feiticeiras” .

Tal como acontece no cérebro, também no útero os registros ocorrem ordena damente, isto é, em obediência a uma localização específica para cada tipo de emoção. De um modo geral, se pode citar que são fundamentais os pontos situados nos 4 quadrantes. A iniciada sabe como trabalhar as emoções, como trabalhar no sentido da eliminação da energia negativa. Ela sabe precisamente onde cada tipo de coisa está localizada no útero.



TEmos visto o significado e a importância da Roda Sagrada – Roda de Cura, è um circulo construído com 36 pedras, cada uma delas simbolizando virtudes próprias. Através de uma Roda Sagrada ao nativo pode fazer uma viagem para dentro de si mesmo ou se identificar com o mundo que o cerca. A roda permite curar não apenas males físicos, mas todos os distúrbios psicológicos, permite a pessoa conhecer a si mesmo bem mais do que é possível através de métodos psicológicos. O Nativo, e em especial o Xamães, quando querem se identificar com o lado sagrado da natureza constroem um circulo de pedras em torno do qual ele caminha ou dança a fim de obterem conhecimentos das distintas situações das pessoas e dele próprio Nesse sentido a mulher leva grande vantagem sobre o homem, pois ela não precisa construir um circulo desde que ela já tem as emoções precisamente localizadas no útero e dispostas segundo o padrão da Roda de Cura. O homem, ou a mulher que não mais tenha útero necessita de um lugar fora de si para construir a Roda de Cura, e não é em qualquer lugar que ele pode efetivar a construção. Enquanto isso a mulher assinala no seu próprio útero, aliás ela não precisa construir, ele já existe naturalmente no útero pois nesse órgão as emoções e sentimentos já estão localizados. Por visualização a mulher pode dispor tudo segundo o modelo da Roda de Cura. Diz o Principio Hermético do Gênero: Assim como é em cima é também em baixo. Nesse caso queremos dizer que a roda construída é apenas uma estruturação de uma planta da natureza, e isso já existe no útero. Não se trata de uma construção aleatória, mas sim de uma copia da natureza. Assim como é em cima é em baixo, no útero há localizações especificas para as distintas classes de sentimentos. Sendo assim é viável a mulher precisar exatamente onde tal ou qual sentimento está situado e assim por visualização elimina-lo. Também descobrir o que não está bem, o que precisa ser eliminado (queimado), modificado (lavado), retirado (sepultado) ou distribuído (levado). Pela 36 pedras há um refinamento da analise, há um aprofundamento, que vai além daquele estabelecido pelos quadrantes apenas.

A mulher assim pode trabalhar com os sentimentos, o seu útero pode ser usado como se fosse uma daquelas bonecas do vodu. Ela localiza o objetivo visado, amplia mentalizando e aspirando, e elimina mentalizando e exalando.

Ela pode ser uma curandeira, como também uma megera, a decisão é dela.

O que estamos referindo marca o divisor entre o poder feminino e o masculino e foi precisamente isto o que levou o homem a estabelecer o machismo como estratégia defensiva.



JOSÉ LAÉRCIO DO EGITO




Antes do verbo era o ventre, a força criadora do universo e da vida. O que seriamos nós sem o ventre? Sendo que é através dele que ganhamos à vida. Ele é o centro da existência e da criatividade humana por excelência.
pinião de um homem sobre o corpo feminino - por Paulo Coelho


Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas. As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas...
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura. A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras. A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde. Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado.
O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18. Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas. Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram!
O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.
É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se!
A beleza é tudo isto.

16/04/2012

A NATUREZA TRINA DA MULHER


A natureza da mulher é cíclica e bem amparada de seus desejos pessoais e ela experimenta a vida através desta natureza sempre mutável. As mudanças mais marcantes de seu comportamento acontecem em relação aos seus sentimentos. Tudo pode estar auspicioso e alegre em certo momento, mas passado pouco tempo poderá estar melancólico e deprimente. Desta forma, sua percepção subjetiva da vida é projetada para o mundo exterior e a mulher pode sentir a mudança cíclica como uma qualidade da própria vida.
No curso de um ciclo completo, que corresponde à revolução lunar, a energia da mulher cresce, brilha esplendorosa e volta a minguar totalmente. Essas mudanças afetam-na tanto na vida física como sexualmente e também psiquicamente. Na mulher, a vida tem fluxo e refluxo que é dependente de seu ritmo interno. O ir e vir da energia, quando perfeitamente compreendido pela mulher, pode presenteá-la com uma oportunidade de trabalho ou uma aventura espiritual, a qual ela espera há muito tempo. Se a Lua lhe for favorável, ela poderá ter uma vida mais livre e cheia de oportunidades, mas se a Lua estiver desfavorável, pode perder sua chance, sendo incapaz de recuperá-la. Não é de admirar que nossos ancestrais chamassem a Lua de "Deusa do Destino", pois realmente é fato que ela influência no destino da mulher, assim como dos homens também, embora inconscientemente.
No mundo patriarcal, as mulheres descuidaram-se de seus ritmos para tornarem-se competitivas e o mais próximas possíveis dos homens. Caíram, sem perceber, sob o domínio do masculino interior, perdendo o contato com seu próprio instinto feminino, passando a viver somente através das qualidades masculinos do "animus". Entretanto, negar sua identidade é constituir-se em um ser sem alma. Não é incorporando os valores masculinos ou tentando imitar seu comportamento que terá reconhecido o seu valor. A mulher deve ser reconhecida também, pela sua dimensão feminina e não pela sua dissociação da sua realidade psíquica.

A MULHER LUA CRESCENTE

A primeira face da Deusa é a Donzela, ou Virgem e que corresponde a Lua Crescente. Representa a juventude, a vitalidade, a antecipação da vida, o início da criação, o potencial de crescimento e a semente do "vir a ser".
A Lua Crescente, portanto, liga-se a "virgem", a mulher solteira e sugere inúmeras promessas ocultas de crescimento, de riqueza, de criatividade e de prazer. Esta Lua nos faz voar à um mundo de sonhos e devaneios. Nos tornamos seres alados que levitam num céu estrelado de possibilidades, onde o impossível torna-se realidade. É o verdadeiro despertar de Eros, do amor, da vida que não nos impõe nenhum obstáculo. Neste mundo onde tudo é possível a mulher personifica-se como a eterna amante, a musa inspiradora que concretiza a eterna felicidade.
A mulher na Lua Crescente consegue expor sua feminilidade com muita espontaneidade. Ela é a personificação da deusa em sua manifestação instintiva e natural, buscando sua essência. Ela é rica em fertilidade e possibilidades, sem limites. Precisa de todo o espaço para expandir-se e manifestar-se. É erva que se alastra e cobre tudo, pois ela é livre, animal sem dono, que não admite ficar presa à ninguém. Dona de si mesma, ela se rege, se governa por seus princípios internos, muitas vezes à custa de muito sofrimento, pois toda liberdade tem seu preço.
Este princípio feminino é representado por várias deusas e uma delas é Àrtemis, a arqueira-virgem e amazona infalível, que corria livre pelos campos e de coração solitário. Ela é arquétipo da feminilidade mais pura e primitiva. Ela santifica a solidão e a vida natural. E, é ela que garante a nossa resistência a domesticação. Outra deusa da Lua Crescente é Inana, uma antiga entidade suméria que é portadora de qualidades lunares femininas. Em época de mudanças, esta deusa sempre está presente e pode ser invocada.
As mulheres que incorporam os atributos da Lua Crescente, são muito sensuais, verdadeiras Afrodites contemporâneas e conhecedoras da influência de seus poderes. Sentem orgulho de seu sexo e possuem uma vitalidade rara, somada a uma ansiedade de ampliar os horizontes de seu psiquismo. Jamais se adaptam à limites sociais e culturais, pois seu desejo de expansão é incontrolável. Estão sempre mudando, são mulheres inquietas e instáveis. Como a Lua Crescente, revolucionam, criam e transformam constantemente. São difíceis de serem civilizadas, pois como Àrtemis, possuem um amor intenso pela liberdade, pela independência e autonomia. Possuem temperamento estouvado e aprendem muito cedo a engolir suas lágrimas e planejar vinganças pelas humilhações que sofrem, devolvendo na medida certa o que receberam.
Para um homem relacionar-se com uma mulher-lua-crescente, pode ser um desafio e tanto. Igualmente, a mulher que penetrar fundo nesse lado de sua natureza artemisia, precisará reconhecer o poder primitivo de sua sanguinolência e o efeito que pode ter sobre o homem. A Lua Crescente nos põe em contato com todos esses aspectos da natureza feminina.

A MULHER LUA CHEIA

O aspecto de Mãe da Deusa sempre foi o mais acessível para que a humanidade o reconhecesse, invocasse e o identificasse. A Lua Cheia está associada à imagem maternal da Deusa, à mulher em toda a sua plenitude, ao potencial pleno da força vital. Ela corresponde ao crescimento e amadurecimento de todas as coisas, ao ponto culminante de todos os ciclos, à semente germinada e à plenitude do caldeirão.
Na Lua Cheia entramos em outra dimensão do feminino, aqui o instinto se coloca a serviço da criação e da humanização. Esta é a fase lunar que é iluminada pelo Sol em sua totalidade, indicando mais clareza de consciência e um melhor relacionamento entre masculino e feminino, o que propicia a criação.
A Lua Cheia é a Lua Grávida de criatividade, de riqueza e da realização do próprio crescimento. É a imagem da Mãe, com o poder divino de carregar uma nova vida em seu ventre. É ela que gera, promove o crescimento e dá o nascimento. Ela é a deusa da maternidade, que traz consigo a fertilidade para a terra e para os homens.
A Lua Cheia nos conecta com a terra, nos coloca em contato com os valores terrenos, é o próprio amor realizado. Esta Lua-Mãe, foi expressa mitológicamente pelos gregos como Deméter com sua prodigiosa energia para nutrir e acalentar e sua dedicação desinteressada para com os filhos e a família. Esta deusa-mãe também é visualizada em Cibele, Ísis, em Astarte e na Virgem Maria. Todas aparecem sempre com o filho, o que pressupõe uma capacidade de relacionamento e reprodução realizada. O filho representa o nascimento, o Logos no feminino. A Lua, deste modo, relaciona-se com o mundo de maneira mais humana, através de seu filho. Estabelece-se assim, um contato mais íntimo entre o mundo interno e o externo, do divino com o terreno e do espiritual com o material.
A maternidade em si já é uma doação, mas também associa-se à capacidade de sacrifício. Todas as deusas citadas, têm em comum o fato de terem um filho que morre e depois ressuscita. O filho seria a semente que morre, se decompõe na terra, para trazer em seguida a renovação da vida. Mas, enquanto não chega a hora do sacrifício, o filho reina junto com a Mãe-Lua e é controlado por ela.
A mulher regida pela Lua Cheia é mais confiável, pois se assemelha à Mãe. Ela é acolhedora, mais domesticada e sempre se coloca à disposição e proteção do outro. Esta mulher tem os pés no chão e seus mistérios não são tão ocultos, pois ela se revela mais claramente. Ela acolhe a criação, que é a união do masculino com o feminino. Mas esta mulher tem uma preocupação exagerada com a segurança, o que impede o seu aprofundamento em seus relacionamentos, pois o contato mais íntimo, pode constituir-se em uma ameaça. Desenvolve então, um controle fora do comum e nada pode pegá-la desprevenida. Aqui desenvolve-se um impedimento a sua criatividade, pois seus passos são calculados, evitando confrontar-se com o desconhecido, que podem lhe proporcionar surpresas desagradáveis.
A mulher-lua-cheia é a esposa e mãe perfeita, desfaz-se em eficiência e cuidados, mas falta-lhe a paixão e a inquietação.

A MULHER LUA MINGUANTE

O terceiro aspecto da Deusa, a Anciã, corresponde à fase da Lua Minguante, sendo o menos compreendido e o mais temido.
A Lua Minguante define-se no acaso e na velhice. É aquela que encerra em si a sabedoria e os segredos nunca revelados. Está associada a velha bruxa, ao deteriorar da força vital, ao envelhecimento, assim como, aos poderes de destruição e da morte, à destruição do impulso de Eros.
A mulher que é arquetípicamente regida pela Lua Minguante é misteriosa e por vezes indefinível. Parece possuir um potencial para realização de algo que é difícil definir com exatidão. Possui virtualidades pressentidas, mas nem sempre realizadas. Ela mesma não se define de maneira consciente e clara. Possui também uma certa dificuldade em lidar com os aspectos da vida consciente. Esta é a mulher que vive no "mundo da lua". Está sempre descobrindo novas possibilidades, mas tem certa dificuldade em direcioná-las e nunca consegue finalizar o que começou.
Como está mais próxima e mantém constante contato com as fontes inconscientes da fertilidade, aparenta estar realizando algo, mas que pode nunca concretizar. É sempre suscetível a perder-se em sonhos e devaneios em função da dificuldade que tem em lidar com o concreto e o real. O seu maior obstáculo é o tempo presente, pois está sempre voltando ao passado, revendo tudo o que foi capaz de realizar, ou lamentando o que deixou de fazer. Ela está sempre distante do presente e por isso torna-se fria e distante dos outros, devido ao seu excesso de auto-referência.
A sua criatividade, se não submetida ao controle do ego consciente, pode assumir uma forma caótica e desordenada. A sua maior dificuldade está em mobilizar e dirigir essa energia. Possui ela, todo o potencial para a criação por seu acesso fácil às fontes criadoras lunares, mas necessita compreender e separar a mistura orobórica criativa, a fazer a ordenação do caos, para que ele se transforme num cosmo criativo
A mulher Lua Minguante possui uma energia muito forte, mas ela pode manifestar-se de maneira tanto construtiva, como destrutiva, dependendo da forma como trabalha o seu consciente. A necessidade de mudança também está sempre determinando seu comportamento. O que mais importa para ela é o próprio processo do que o objetivo final, o caminho não tem tanta importância, mas premente é a necessidade de fazer a passagem.
A introspecção ao mundo interior ocorre facilmente para a mulher regida pela lua minguante. A sua maior dificuldade está no fato de tornar-se produtiva e realizar toda a fertilidade encontrada. Se não conseguir direcionar essa vitalidade, objetivando-a e encaminhando-a para a realização criativa, toda essa riqueza pode se tornar inútil.
A Lua Minguante sempre serviu como vaso adequado para a projeção de todo o lado sombrio, tanto do homem como da mulher. Aqui penetra-se no reino de Hécate e Lilith e tantas outras deusas que apresentam aspecto sombrio, mas que pode no final nos trazer a iluminação. Talvez torne-se necessário para a mulher fazer um acordo com estas deusas, para que elas a presenteiem com a possibilidade de um enriquecimento de personalidade, permitindo a sua expressão de uma forma mais humanizada e não tão instintiva. Deste modo, as dimensões do instinto poderão ter uma via mais integrada, em que pode haver a participação de novas forças energéticas.
É observando e reconhecendo os movimentos da Lua no céu e integrando as suas três fases, que poderemos nos alinhar e sintonizar com o fluxo do tempo e com os ritmos naturais. Nos utilizando dos poderes mágicos da Lua e reverenciando as Deusas ligadas a ela, criaremos condições para melhorar e transformar nossa realidade, harmonizando-nos e vivendo de forma mais equilibrada, plena e feliz.
por Ana Paula Malagueta Gondim

O universo feminino é uma teia de deusas, mitos, mudanças e acima de tudo, um fluxo inesgotável de ciclos e transformações. Como as fases da lua, as mulheres estão em constante renovação. Desde a menarca até a menopausa, há um mundo desconhecido a ser descoberto e acima de tudo a ser compreendido. Muito do que vivemos e sentimos como mulheres é mal entendido e muitas vezes, mal-interpretado pelos outros e até mesmo por nós mesmas.


A conscientização de que precisamos nos recolher em uma ‘concha’ simbólica de tempos em tempos, é o ponto de partida inicial para aprender a se ouvir e acima de tudo a se respeitar. Criando assim uma rede interna e externa de apoio e entendimento. De esclarecimentos e aceitação. Acolher e abraçar todas as nossas fases. Entender as mudanças e aceitá-las como parte inevitável da maravilha que é ser mulher. Conhecer o desconhecido útero, não somente para as que receberam à benção da maternidade, mas todas, sem exceção. Entender nossos hormônios, mudanças internas e nos inserir no mundo atual – excessivamente yang (masculino), de forma a não perdermos nossa essência yin (feminina).

Que maravilha não seria, se todas pudéssemos abraçar o nosso lado frágil e descobri que é este mesmo lado, frágil e feminino, é que faz de nós mulheres seres fortes e cheios de potencialidades mal descobertas.

Possamos então, mergulhar dentro de nós, agora e sempre que nosso corpo nos avisar essa necessidade. Os sinais de desequilíbrio ou a aparição de um sintoma é o aviso de que algo não vem indo bem. Talvez recentemente, talvez há tempos. O importante é olhar. Dar-se esse olhar. Permitir o desabrochar dessa nova mulher, que jazia escondida por detrás de uma vida desconectada e fragmentada.

Uma vida perfumada. Uma vida que muito mais do que resolver um desconforto apenas temporariamente, nos permite mergulhar em nossas profundezas e conhecer nossas sombras. Lidar com arquétipos que rondam às mulheres há séculos e restituir nossa individualidade. Nossa confiança e voz interior.

A nossa intuição só irá se fortalecer com a utilização de meios naturais (yoga, dança, massagem, florais, aromas) para o restabelecimento da nossa comunicação interior perdida. Nosso corpo se fortalecerá. A alegria de viver e a plenitude de uma vida mais equilibrada e feminina irão resgatar a tão perdida paz e plenitude, que nos é de direito, por sermos seres iluminados e filhos da Unidade, que é o Supremo.

Juntas, mergulharemos no infinito e com o apoio devido, encontraremos formas naturais de lidar com as diferentes nuances e avisos que nossos corpo-mente-espírito nos enviarem de mensagens, quando o desequilíbrio fizer-se presente.

Iniciemos então, nossa bela caminhada por um dos jardins mais floridos de toda existência. Que o jardim da nossa alma possa se transformar em um jardim do Éden, e que nossas vidas possam exalar os cheiros e nos transformar em agentes de transformação. E que nosso crescimento e mudanças, produzam lindos frutos em todos ao nosso redor.

Conhecendo seu útero

Na tradição taoísta, o útero é chamado de palácio celestial e, para a mulher pode ser a porta para o paraíso ou para o inferno. Na tradição chinesa, é chamado de “O mar de sangue”, “A câmara de sangue”, “O palácio protegido” ou “O palácio celestial”. O útero é a parte principal do corpo da mulher, na qual as emoções negativas tendem a se concentrar e ficar armazenadas durante anos, prejudicando todo o organismo. (Piontek, Maitreyi. 1998)

Hoje, quando pergunto às mulheres se já pararam algum minuto de suas vidas e sentiram os seus úteros, muitas me olham com choque ou até certo divertimento. Àquelas que já foram mães e passaram pela experiência do parto normal ou natural, essas sim, sentiram seus úteros em sua totalidade. Às que nunca passaram por essa experiência, talvez nunca tenha ouvido seus úteros. O pior, é que para muitas, só vão descobrir o quanto seu útero é triste e infeliz quando algo ‘físico’ se mostra. Muitas mulheres só vão descobrir que algo errado vem acontecendo com seu útero e sua feminilidade quando descobrem um mioma, um câncer, uma endometriose, ou o que mais cresce nos tempos modernos, a dificuldade em conceber.

Primeiro, precisa-se reconhecer o fato que o útero é um órgão de grande sensibilidade. E, como Maitreyi sabiamente aponta em Desvendando o Poder Oculto da Sexualidade Feminina, a sensualidade é a condição natural do útero, que pode ser um lugar de grande aconchego e segurança. Mas, se não estiver bem, vibrando com vida, pode ser uma ameaça para as mulheres. Podemos nos desconectar dele e, inconscientemente, fazer o possível para não entrarmos em contato com ele. Nesse nível baixo de energia, o útero se torna um vácuo para o coletivo, absorvendo o negativo como uma esponja. Fica completamente carregado com todos os tipos de sensações e emoções desagradáveis e indefinidas.

Depois, precisa-se criar um espaço, um momento para se sentar e então, sentir seu útero. Entrar em contato com a história impregnada em cada célula. E, acima de tudo, procurar entender todos os sintomas já vividos, principalmente em sua sexualidade. Sejam eles novos ou antigos. Acima de tudo, acolhendo-se e perdoando-se, promovendo assim a verdadeira cura, que vem da reconciliação da mulher com esse lugar tão importante e especial e com sua feminilidade sagrada.
Eu sou mulher que dá a nutrição para assegurar a vida deste planeta. Com meu poder do meu tempo-da-lua, meu sangue, com meu poder do nascimento. Com meu sangue, eu alimento a terra que nos alimenta a todos. Sempre me recordo. Eu sou mulher. Eu sou terra. Eu sou vida. Eu sou nutrição. Eu sou mudança.

Eu sou mulher. Eu sei a vida, a morte, a dor, e a saúde em minha essência, em meu útero. Eu conheço os lugares sangrentos: o espaço estreito entre a vida e a morte, o lugar de nascimento sangrento, o fluxo sangrento de deixar a vida ir. Eu sou mulher. Meu sangue é poder. Poder calmo. Sangue calmo.

Meu sangue é nutrição total. Meu sangue nutre o feto crescente. Meu sangue transforma-se em leite para nutrir um bebe. Meu sangue flui na terra como alimento para a Grande Mãe, Gaia, Mãe Terra.

Este é meu Tempo-de-Lua.

O tempo quando meu útero escorre fluídos sagrados, fluídos que espantam homens por milênios, contudo não espantam nem a mim nem minhas irmãs.

Oh, como entendia mal é este tempo sagrado, esta época de limpeza e de renovação!

Esta vez em que o sangue velho é posto fora sem ferimento.

Que criaturas poderosas somos nós, mulheres, para sangrar sem ferida!

Hoje à noite eu acenderei os fogos sagrados e danço ao balançar das árvores como as faíscas em espiral para a lua e as estrelas mantêm o tempo para mim.

Este é meu Tempo-da-Lua e eu sou sagrada.

Meu útero é sagrado.

Meu sangue é sagrado.

Meu corpo é sagrado.

E este é meu Tempo-da-Lua.

Eu deixarei minha avó, a lua, banhar-me em seu fulgor fresco, misterioso.

Eu enxaguarei meu cabelo e minha mente em sua fonte brilhante

Sua Luz inspira a contemplação.

Meu Tempo-de-Lua convida a meditação e limpeza da mente da desordem, das perturbações e das aflições.

Eu deixarei o fulgor doce da Vovó Lua derramar em mim, cada polegada, varrendo afastado as sombras em minha alma, enchendo-me com a luz suave e radiante.

Este é meu Tempo da Lua e eu sou da Lua hoje à noite.

Eu sou feito da matéria lunar e das estrelas e do amor de seres cujas vidas são uma viagem milhas do recolhimento.

E quando eu olhar a Lua e as estrelas, eu vejo em mim o reflexo de sua luz.

Este é meu Tempo da Lua. E eu estou contente com ele.

Ler mais: http://www.luartemisia.com.br/news/na-tenda-da-lua/

12/04/2012

Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior. Estas atitudes se refletirão em mudanças positivas no seu ambiente familiar. Deste ponto em diante, as mudanças se expandirão em proporções cada vez maiores. Tudo o que fazemos produz efeito, causa algum impacto.

A felicidade é um estado de espírito. Se a sua mente ainda estiver num estado de confusão e agitação, os bens materiais não lhe vão proporcionar felicidade. Felicidade significa paz de espírito.

Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz. Se não há mais amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que você tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final. O homem vai continuar enganando e subjugando outros homens, mas insultar ou maltratar os outros é algo sem propósito. O fundamento de toda prática espiritual é o amor. Que você o pratique bem é meu único pedido

Minha mensagem é a prática do amor, da compaixão e da bondade. Estas qualidades são muito úteis para vivermos nosso cotidiano mais harmoniosamente, e também muito importantes para a sociedade humana como um todo.

Uma profunda compaixão é a raiz de todas as formas de adoração.

Onde quer que eu vá, sempre aconselho as pessoas a serem altruístas e bondosas. Tento concentrar toda a minha energia e força espiritual na disseminação da bondade. É o que há de mais essencial.

A bondade é o que realmente importa. A bondade, o amor e a compaixão combinados são sentimentos que levam à essência da fraternidade. São os alicerces da paz interior.

Com sentimentos de ódio e rancor, é muito difícil alcançar a paz interior. Neste sentido, as religiões e crenças são convergentes. Em todas as grandes religiões do mundo, a ênfase é no espírito de fraternidade.

São os inimigos que verdadeiramente nos ensinam a vivenciar sentimentos de compaixão e tolerância. As guerras surgem porque não há compreensão do lado humano das pessoas. Ao invés de conferências e encontros políticos, por que não convocar as famílias a fazerem um piquenique para que se conheçam mutuamente, enquanto suas crianças brincam juntas?

Nos tempos antigos, quando havia uma guerra, o embate era corpo a corpo. O vitorioso entrava em contato direto com o sangue e o sofrimento do inimigo durante a batalha. Hoje, as guerras adquiriram uma proporção muito mais horrenda. Um homem, sentado em uma sala, aperta um botão e mata milhões de pessoas instantaneamente, sem ao menos ver o sofrimento humano que infligiu. A mecanização da guerra e a automação do conflitos humanos são, cada vez mais, uma ameaça à paz mundial.

Sempre acreditei que a determinação humana e a verdade prevaleceriam sobre a violência e a opressão. No mundo de hoje, em todos os lugares, há mudanças importantes ocorrendo, que poderão afetar profundamente nosso futuro e o futuro da humanidade, bem como nosso planeta. Decisões corajosas por parte de vários líderes mundiais propiciam a resolução pacífica de conflitos. A esperança de haver paz, preservação do meio ambiente e uma abordagem mais humana aos problemas do mundo parece estar mais presente que nunca.

Ninguém pode prever o que acontecerá em algumas décadas ou séculos, por exemplo, qual o impacto que o desflorestamento terá sobre o clima, o solo, as chuvas. Temos muitos problemas porque as pessoas estão centradas em seus próprios interesses, em ganhar dinheiro e não estão pensando no bem-estar da comunidade como um todo. Não estão pensando na Terra a longo prazo, e nos efeitos ambientais adversos sobre o homem. Se nós, da atual geração, não refletirmos sobre estas questões agora, as gerações futuras não terão como lidar com elas.

Muitos de nós juntam-se sob o mesmo sol resplandecente, falando línguas diversas, vestindo indumentárias diferentes e até mesmo possuindo crenças distintas. Contudo, nós todos somos idênticos como seres humanos e individualmente únicos. Desejamos todos, indistintamente, a felicidade e não o sofrimento.

Mesmo que não possamos resolver certos problemas, não devemos nos frustrar. Como humanos devemos enfrentar a morte, a velhice e doenças, que, tal qual um furacão, são fenômenos naturais que fogem ao nosso controle. Devemos enfrentá-los, não podemos evitá-los. São sofrimentos que já bastam em nossa vida. Por que criarmos mais problemas por apego à nossa ideologia ou porque pensamos de maneira diferente? É inútil e triste! Milhões de pessoas sofrem com esse tipo de problema. É um verdadeiro desperdício, visto que podemos evitar o sofrimento adotando uma atitude diferente e reconhecendo a humanidade à qual as ideologias deveriam servir.

Rancor, ódio, ciúme: não é possível encontrar a paz com eles. Podemos resolver muitos de nossos problemas por meio da compaixão e do amor. Só assim nos desarmaremos e encontraremos a verdadeira felicidade. Uma das maiores virtudes é a compaixão. A compaixão não pode ser comprada numa loja de departamentos ou fabricada por máquinas. Ela advém do crescimento interior. Sem paz de espírito, é impossível haver paz no mundo.

Na nossa vida, cultivar a tolerância é muito importante. Com tolerância, pode-se facilmente superar as dificuldades. Caso você tenha pouca ou nenhuma tolerância, ficará irritado com as mínimas coisas. Em situações difíceis, terá reações extremadas. Em minha vida, já refleti muito a respeito desta questão e sinto que a tolerância é algo que deve ser praticado no mundo inteiro, no seio da sociedade humana. Mas, quem nos ensina tolerância? Pode ser que seus filhos o ensinem a cultivar a paciência, mas é seu inimigo quem irá ensinar-lhe a prática da tolerância. O inimigo é seu mestre. Mostre-lhe respeito, ao invés de ódio. Dessa forma, a verdadeira compaixão irá brotar de seu interior e essa compaixão é a base de tudo aquilo que você é e acredita.

Bens e compensações materiais são absolutamente necessários à sociedade humana, a um país, a uma nação. Ao mesmo tempo, o progresso material e a prosperidade somente não podem levar à paz interior. A paz interior vem de dentro. Portanto, nossa atitude perante a vida, perante os outros e principalmente em relação às nossas dificuldades conta muito. Quando duas pessoas enfrentam o mesmo problema, atitudes mentais distintas fazem com que o problema seja de mais fácil resolução para uma pessoa do que para outra. Desta forma, o que realmente nos diferencia é a perspectiva interna de cada um.

Se colocarmos os níveis de consciência mais sutis a nosso serviço, estaremos expandindo nossa mente. Assim sendo, as virtudes originárias da mente podem se expandir ilimitadamente.

A compaixão e o amor são as virtudes mais preciosas da vida. Por serem muito simples, são difíceis de serem colocados em prática. A compaixão só poderá ser plenamente cultivada à medida que se reconhece que cada ser humano é parte da humanidade e pertencente à família humana, independente de religião, raça, cultura, cor e ideologia. A verdade é que não há diferença alguma entre os seres humanos.

Sem amor, a sociedade humana encontra-se em situação difícil. Sem amor, iremos enfrentar problemas terríveis no futuro. O amor é o centro da vida.

Se tiver amor e compaixão por todos os seres sencientes, em especial por seus inimigos, este é o verdadeiro amor e a verdadeira compaixão. O amor e compaixão, nutridos por seus amigos, esposa e filhos, não são verdadeiros em sua essência. São apego, e esse tipo de amor não pode ser infinito.

Insisto em afirmar que as principais religiões do mundo — budismo, cristianismo, judaÍsmo, confucionismo, hinduismo, islamismo, jainismo, sikhismo, taoismo, zoroastrismo — possuem os mesmos ideais de amor, o mesmo objetivo de beneficiar a humanidade por meio da prática espiritual, e a mesma determinação de aprimorar seus praticantes como seres humanos. Todas as religiões pregam preceitos morais para o aperfeiçoamento da mente, do corpo e da fala. Todas nos ensinam a não mentir, roubar ou tirar a vida de outras pessoas. A essência de todos os preceitos morais preconizados pelos grandes mestres da humanidade é o não-egoísmo. Esses mestres tinham como objetivo remir os praticantes de ações negativas, frutos da ignorância, e conduzi-los ao caminho do bem.

Se percebemos a humanidade como sendo una e singular, iremos constatar que as diferenças são secundárias. Com atitude de respeito e preocupação pelo próximo, experimentamos a felicidade. Só assim criamos a verdadeira harmonia e fraternidade. À sua maneira, tente cultivar a paciência. Modifique sua atitude. As mudanças vêm com a prática. A mente humana tem esse potencial. Aprenda a treiná-la.

A nossa sombra interior, a que chamamos de ignorância, é a raiz de todo o sofrimento. Quanto mais luz houver, menos a sombra se manifestará. A luz é o único caminho para a salvação, para alcançar o nirvana.

Deve haver um equilíbrio entre o progresso espiritual e o material. Atinge-se esse equilíbrio por meio de princípios calcados no amor e na compaixão. O amor e a compaixão são a essência de todas as religiões, que têm muito a aprender entre si. O objetivo primordial de todas as religiões é criar seres humanos mais tolerantes, mais compassivos e menos egoístas.

Os seres humanos são dotados de uma natureza tal que não deveriam apenas possuir bens materiais, mas deveriam antes possuir sustento espiritual. Sem o sustento espiritual, torna-se difícil adquirir e manter a paz de espírito.

Para cultivar a sabedoria, é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessárias. Sem elas, nossa vida se complica. O impossível torna-se possível com a força de vontade.

11/04/2012

Hoje Eu não quero

Eu não quero ver o mundo pelos seus óculos cisudos, por sua retina morta e sem sonhos.

Eu quero ver o mundo pelas lentes do meu caleidoscópio, onde cada erro meu pode ser visto, não com a dor negra do arrependimento, mas com as cores vibrantes de quem aprendeu mais uma lição!

Eu não quero me condenar ao sofrimento eterno das dores de um passado distante.

Eu quero a liberdade de sonhar e crer nos sorrisos de amanhã.

Eu não quero a devoção cega de joelhos em um templo, onde não há respostas para minhas perguntas.

Eu quero a paz da minha fé nas estrelas, na lua e no sol, mas quero acima de tudo a leveza do meu ser passeando pelas brumas dos sonhos enfeitiçados pelos deuses que me acompanham, me guiam e regem minha alma.

Eu não quero os fogos de artifício...não são estrelas verdadeiras.

Quero o brilho dos olhos dos que amam verdadeiramente, iluminando minha estrada.

Eu não quero as taças se tocando num brinde vazio e sem promessas.

Quero beber no gargalo da vida e me embriagar das palavras dos poetas.

Eu não quero a paz do branco na virada do ano e corações cheios de rancor e mágoas.

Eu quero o vermelho da paixão vibrando em minha pele e meu coração.

Eu não quero o dourado da fortuna trazendo valores infundáveis e egoístas.

Eu quero o azul do céu, onde estrelas brilham sem nos cobrar nada.

Eu não quero chorar a ausência de quem não quer estar presente.

Quero celebrar a presença dos que preenchem meu coração.

Eu não quero a casa cheia de passos por todos os lados, buscando o nada.

Eu quero o silêncio das linguas cansadas e o som forte dos corações.

Eu não quero conhecidos me desejando felicidades falsas.

Eu quero amigos abraçando e tocando coração com coração, numa silenciosa sinfonia de AMOR!

10/04/2012

Deixa Fluir - Rodrigo Ecos

Abençoa sua morada, deixa a luz do sol entrar
Essa força traz a vida pra semente germinar
Convida a natureza pra ela vir te ensinar
Ela sabe o tempo exato para a flor desabrochar
Observa teu passado, reconheça tua história
Cada passo que foi dado marcou sua trajetoria
Retorne a sua infancia, reencontre tua criança
Veja o brilho em seus olhos, reavive esta lembrança
Neste tempo esta a chave que abre a porta para o ser
Aprenda a se observar, permita se conhecer
Reencontre nesta fase a essência do teu Ser
O Passado que passou fez quem hoje é você
Honre sua história pra poder se fortalecer
Sua familia, suas raizes, são a base pra você
Essa ancestralidade, traz sabedoria ao ser,
Ela aviva o coração, faz você se reconhecer
Caminhando em seus passos muito pode se aprender
Respeitando os caminhos de quem caminha com você
Se apresente no presente pra essa luz se asceder
Se observe e se absorva, permita você ser você
De graças a sua jornada, de graças a todo ser
Que compos a sua história e fez quem hoje é você
Suas escolhas fazem seu caminho sua consciência o seu caminhar
E ouvindo o seu coração, sabera como andar
Deixa fluir, deixa rolar
Deixa fluir,o amor esta no ar
Deixa fluir, deixa rolar
Deixa fluir, todo rio corre pro mar

Oração do coração

Grande Espírito


Nesse momento, em minha solitude
entrego meu coração e meus medos.
mostro-me desnuda de vergonhas, como sou, a quem me criou.
peço que me ensine a lidar com minhas sombras, que eu as reconheça e leve luz até minha escuridão.
peço que me fortaleça como as grandes árvores elevando meus braços até os céus
mantendo minhas raízes firmes na terra.
que as águas que eu derramo, em minhas lágrimas
purifique meu sentir.
que minhas palavras, que voam com o vento
sejam sempre verdadeiras,
e que eu possa caminhar como elas.
que minha ira seja transmutada em paz
para que eu não fira meus irmãos.
que minha alma seja consciente
do trabalho que veio cumprir
e que eu faça com amor e respeito
absolutamente tudo o que me propor.
que a consciencia seja minha âncora
a gratidão meu escudo
cortando assim laços de dor que possam haver ligados
a mim e em mim.
que eu perdoe meus ascendentes, para curar meus descendentes
curando assim, minhas próprias feridas.
que eu consiga ser sempre o "EU" verdadeiro
dentro e fora de mim
que eu tenha doçura nas palavras
verdade no olhar
e certeza no caminhar.
que possa eu ser Cura todos os dias;
que eu possa ser Amor todas as horas
que eu possa ser perdão a todo momento
e que dentro da minha instabilidade
consiga um pouco de equilibrio
dentro da minha imperfeição
encontre a Sua perfeição para me servir de exemplo!
que eu possa Te honrar em meus atos todos os dias
e que eu siga sempre
na Luz, pela Luz e para a Luz.


Eu sou Rose e assim falei!

Ahow